Por Vitor Garcia
30 de junho de 2022Logística dos supermercados brasileiros têm impacto na fidelização dos clientes
Entre os desafios das empresas do setor está a facilitação da coleta dos produtos pelo shopper
Um dos gargalos mais importantes para as vendas online nos supermercados é o prazo de entrega. Os gestores de empresas do setor já começaram a perceber que a qualidade e agilidade nesse serviço é fundamental para fidelizar o cliente. De acordo com Bruno de Sá, country manager da Borzo, empresa de intermediação de entregas expressas, conectar produtos a partir de soluções logísticas eficientes desperta o interesse dos consumidores em manter uma relação de longo prazo com essas lojas.
Para ele, os desafios da logística para os supermercados no Brasil começam pela ponta da cadeia. ?Os supermercados, para fazer entregas, precisam facilitar a coleta com lojas menores e corredores mais curtos, facilitando o acesso rápido aos produtos?, aponta Bruno de Sá. Em seguida, ele indica outro desafio: a condição em que os alimentos chegam ao consumidor, principalmente frutas, legumes, verduras e vegetais.
O executivo da Borzo entende que, no Brasil, as lojas costumam seguir o mesmo mix de produtos, assim como a logística e a disposição interna dos produtos. ?No Brasil, quem faz o picking, ou seja, quem faz a coleta dos produtos, fica com a responsabilidade de agir com mais agilidade e eficiência?, acredita o country manager da Borzo, empresa que opera em diferentes países, como Coreia do Sul, Filipinas, Índia e Indonésia,
Rapidez e adaptação ao delivery
De acordo com Sá, de uma forma geral, o atual sistema logístico dos supermercados brasileiros funciona, com entregas rápidas e medidas simples que aceleram o processo de compra na loja, como o caixa automático. ?A principal melhoria que pode ser feita é o tamanho das lojas que, se forem menores e mais focadas na parte de entrega, tornam a jornada do shopper mais rápida?, ressalta.
Em uma análise baseada na comparação das operações de supermercados brasileiros com as de outros países, Bruno percebe uma diferença característica. ?Os supermercados do Brasil costumam englobar o máximo de sessões que puderem e isso não é comum no exterior. Açougue, padaria, frios, limpeza, feira? Se o foco é a presença do público, funciona perfeitamente. Porém, se quer se adaptar para o delivery, nem tudo precisa estar disponível?, finaliza.