Por Redação
5 de dezembro de 2024As estratégias do Grupo Pereira no Estado de São Paulo e pelo país
Durante inauguração da 3º loja da bandeira Fort Atacadista, ontem (04/12), na cidade de São Bernardo do Campo, João Pereira, VP de Marketing da companhia falou dos próximos passos da empresa
O Grupo Pereira fez “barulho” ontem em algumas cidades brasileiras. A companhia, que detém as bandeiras Comper (Supermercado); Fort Atacadista e Bate Forte (Atacado) inaugurou quatro unidades de atacarejo. Entre as aberturas, o grupo reforçou sua atuação no estado de São Paulo, chegando na região metropolitana da capital com a abertura do Fort Atacadista em São Bernardo do Campo, empreendimento que recebeu investimentos de R$60 milhões. Ao mesmo tempo, a empresa inaugurou 2 lojas em Santa Catarina, e uma no Rio Grande do Sul.
Durante o evento na cidade de São Bernardo do Campo, João Pereira, VP de Marketing da companhia falou à SUPERVAREJO sobre as estratégias para as bandeiras em 2025.
SuperVarejo – São 3 lojas até agora do Fort Atacadista no Estado de São Paulo? Podemos esperar outros formatos do Grupo Pereira por aqui, como a bandeira Comper, por exemplo?
João Pereira – O Comper (Supermercado) vai continuar o seu plano de expansão no Centro-Oeste. Quem sabe também numa oportunidade futura ele possa vir para cá. Não é descartado e podemos avaliar essa possibilidade. Operar no estado de São Paulo é um desafio para qualquer rede, uma vez que já temos muitas bandeiras já consolidadas. A nossa média de investimento anual é de 700 a 800 milhões para abertura de lojas pelo país.
SV - E aquisição de outras bandeiras? Está no radar do grupo?
JP - Estamos de olho no mercado A gente está sempre a disposto a fazer aquisições. Agora em 2025 provavelmente irá acontecer uma na região Sul do Brasil. Vamos adquirir uma operação média. Mas estamos sempre abertos. Faremos o anúncio em breve.
SV - E para 2025? Quais são os planos de expansão no geral?
JP - O nosso plano de expansão já está feito até 2027. Neste período vamos abrir mais de 40 lojas no Brasil, entre Fort Atacadista e Comper, isso nos estados onde já atuamos.
SV – Qual a importância da abertura dessa loja do Fort Atacadista (3º do estado) em São Bernardo do Campo (região do ABC e metropolitana da capital paulista)?
JP - Fizemos nossa entrada no estado de São Paulo por Jundiaí; depois fomos para Santos (litoral do estado) e agora estamos aqui em São Bernardo do Campo, uma cidade de extrema importância, na grande São Paulo. A nossa responsabilidade para tocar uma loja dessa, numa cidade em que o consumidor é muito bem atendido já por outras redes, é a nossa certeza é de que somos diferentes. O nosso sortimento é diferente e as nossas marcas também. Hoje trabalhamos com muitos produtos importados exclusivos, tanto em vinhos como na mercearia. Agora estamos começando a trazer também perecíveis. E isso tudo vai criando um diferencial. Esse conjunto de estratégias nos dá uma garantia de poder estar com mais uma loja no estado de São Paulo. Essa operação é um test drive para irmos para outras cidades também.
SV - Operar com atacarejo é um desafio hoje. Como é que vocês vão fazer essa balança equilibrar?
JP - Se você operar da forma correta, no modelo certo, isso trará fluxo para a sua loja, uma atração na venda e dará resultado para pagar a conta. É preciso saber operar. Se você querer trazer uma padaria ou um açougue do varejo para dentro do atacarejo, essa conta não fecha. Essa pergunta sobre a oferta do serviço dentro do atacarejo tem sido muito feita. As pessoas nos perguntam se vamos perder o diferencial do preço em razão dessa estratégia. Eu falo que não no nosso caso. Porque quando trazemos para dentro de uma loja de atacarejo, mão de obra extensa operando as carnes dentro do aquário para ofertarmos cortes prontos e esse produto é vendido, esse volume gerado paga a conta da mão de obra, assim como na padaria.
SV - E a operação com o Bate Forte (atacado)? Quais os planos?
JP - Com o Bate Forte estamos voltando com muita força também com lojas grandes. São 30 anos por aqui e as lojas devem passar de 2.500 metros para 3.500 metros. Temos uma presença muito forte no atacado de serviço de rua no estado de São Paulo e atendemos mais de 18 mil clientes, com uma força de venda de mais de 500 homens na rua. Queremos ampliar horizontes, uma vez que o grande dificultador da distribuição é hoje é a logística.
Esse desafio tem feito muitas empresas de distribuição – atacados - repensarem sua forma de fazer o negócio. Está cada vez mais caro e mais escasso. Estamos montando algumas plataformas no interior do Estado - pulmões de distribuição para chegarmos lá mais rápido - prestando um serviço melhor e com preço, que é a característica do modelo. Quanto à equipe, nossa ideia é ampliar ainda mais o trabalho na rua. Nós nascemos no atacado e temos um “apego emocional” ao modelo.
Gostaria de ser fornecedor no Grupo Pereira, como deve proceder?
Qual a previsão de aberturas de novas lojas Brasília, Distrito Federal?. Tem muitas redes em expansão aqui, e o Grupo Pereira pensa nessa expansão de frear a concorrência?