Por Vitor Garcia
4 de janeiro de 2023Minimercados com autoatendimento: por que o setor supermercadista deve ficar atento?
Para especialista, expansão do modelo está ligado ao crescimento da seção imobiliária residencial e comercial
As grandes lojas de supermercados, com centenas de metros quadrados para a área de vendas, estão dando lugar a um modelo antagônico. Os minimercados estão em franca expansão no Brasil e no mundo e, nesse modelo de loja, o autoatendimento é a cereja no bolo para o consumidor que opta pelas lojas menores e com uma jornada de compra mais ágil.
Desde 2020 o cenário nacional vem mudando e, de acordo com dados da associação da indústria de alimentos FMI, 29% das transações feitas por varejistas de alimentos naquele ano foram pelo self-checkout. De olho neste mercado, a Honest Market Brasil se especializou em instalar minimercados em condomínios, empresas, hospitais, universidades, entre outros espaços, para oferecer mais conveniência em lojas menores, sem funcionários e com um sistema inteligente de operação.
De acordo com Ana Paula Moraes, gerente geral da operação e cofundadora da Honest Market Brasil, o modelo de minimercados com autoatendimento é uma tendência para os grandes players supermercadistas no Brasil e já é possível enxergar esse movimento sendo feito por grandes redes, como Hirota Food Supermercados e Carrefour. ?Por se tratar de um modelo de negócios em que se consegue estar cada vez mais perto do consumidor, no momento de consumo e na necessidade dele, é uma tendência que os grandes players já estão visualizando?, afirma.
Oportunidade para todos os players
Para a executiva, o setor supermercadista deve dar mais atenção a esse modelo de negócios por estar em um período fértil e de franca expansão. ?Com o aumento do mercado imobiliário, cresce também as oportunidades de instalação desses minimercados de conveniência, que se torna realmente um ponto atrativo tanto para os novos players quanto para os já existentes?, explica a gerente geral e cofundadora da Honest Market Brasil.
Segundo Ana Paula, um dos principais benefícios deste modelo de loja para as empresas que investem é a expansão do mercado junto ao setor imobiliário, com novos condomínios e também pela expansão interna de empresas e espaços corporativos. ?Isso faz com que a popularização desse modelo de negócios seja rápida e muito bem aceita. As empresas que investem em lojas deste modelo têm um índice de crescimento bastante forte e acelerado para os próximos anos, acima dos dados de lojas tradicionais?, completa a executiva.