Por Redação
30 de dezembro de 2025GPA anuncia renúncia de Edison Ticle à vice-presidência do Conselho
Executivo, nomeado em outubro, também deixa o cargo de coordenador do Comitê Financeiro da varejista
O Grupo Pão de Açúcar (GPA) comunicou ao mercado mais uma alteração em sua estrutura de governança. A companhia informou a renúncia de Edison Ticle de Andrade de Melo e Souza Filho aos cargos de vice-presidente do Conselho de Administração e de coordenador do Comitê Financeiro, dando sequência a um período marcado por ajustes relevantes nos órgãos de liderança da varejista.
O executivo havia sido eleito vice-presidente do Conselho em outubro, durante um processo de renovação do colegiado que acompanhou mudanças importantes na administração do grupo. A saída ocorre poucos meses após a nomeação e se soma a uma série de movimentações que redesenharam a governança da companhia ao longo do ano.
O GPA passou por reconfigurações em sua liderança executiva e nos conselhos em meio a um reposicionamento estratégico e à redefinição de sua estrutura acionária. No fim de outubro, Marcelo Pimentel deixou os cargos de diretor-presidente e de membro do Conselho de Administração. A função passou a ser exercida de forma interina por Rafael Russowsky, que acumula as posições de vice-presidente de Finanças e diretor de Relações com Investidores.
No mesmo período, Décio Chaves Rodrigues renunciou ao cargo de membro suplente do Conselho Fiscal. Ainda em outubro, André Coelho Diniz foi eleito presidente do Conselho de Administração, reforçando a presença da família Coelho Diniz na governança do GPA.
As mudanças ocorrem após a aprovação, sem restrições, pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), da venda de uma participação relevante da Companhia Brasileira de Distribuição (CBD), holding que controla o GPA, ao Grupo Coelho Diniz. Com a operação, a família passou a deter 24,5% do capital da companhia, superando a participação do Grupo Casino e assumindo a posição de acionista de referência, em um modelo de controle compartilhado.
Antes disso, acionistas ligados à família Coelho Diniz já haviam solicitado a convocação de assembleia para discutir a recomposição do Conselho de Administração, com o objetivo de adequar a representatividade do colegiado à nova configuração acionária.
