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Sustentabilidade
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Por Redação
13 de agosto de 2025

Economia circular no varejo: redes implementam sustentabilidade

Como a economia circular no varejo pode transformar supermercados, reduzindo desperdícios, aumentando eficiência e sustentabilidade na cadeia

A economia circular no varejo é uma estratégia cada vez mais essencial para que supermercados integrem sustentabilidade em suas operações, reduzam desperdícios e criem valor de maneira inovadora. Com consumidores mais conscientes e legislações ambientais rigorosas, adotar práticas circulares não é mais uma opção, mas sim uma necessidade para garantir eficiência, competitividade e engajamento ao longo da cadeia de valor.

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Economia circular no varejo: o que é preciso saber?

  1. O que é economia circular no varejo?
  2. Principais benefícios da economia circular para supermercados
  3. Estratégias para implementar economia circular na cadeia de supermercados
  4. Casos práticos: experiências da Target, IKEA e Walmart
  5. Desafios e perspectivas futuras da economia circular no varejo brasileiro
O que é economia circular no varejo?

A economia circular no varejo representa um modelo econômico inovador que visa substituir o tradicional sistema linear de “usar e descartar” por um ciclo fechado, no qual produtos, materiais e recursos são reutilizados, reciclados e regenerados continuamente. Isso significa repensar todo o ciclo de vida dos produtos, desde o design até o descarte, para minimizar o impacto ambiental e maximizar a eficiência dos recursos.

Em vez de simplesmente fabricar, vender e descartar, os supermercados focam em prolongar a vida útil dos itens, promovendo a reutilização de embalagens, o reaproveitamento de alimentos e a reciclagem de materiais. Dessa forma, a economia circular no varejo cria uma cadeia mais sustentável, reduzindo resíduos e o uso excessivo de matérias-primas.

Principais benefícios da economia circular para supermercados

Adotar a economia circular no varejo traz múltiplas vantagens para supermercados. Primeiramente, ocorre uma significativa redução do desperdício, que impacta diretamente na diminuição de custos operacionais. Por exemplo, redes que implantam sistemas de compostagem para sobras de alimentos conseguem evitar o descarte em aterros e transformar resíduos em produtos úteis, como fertilizantes orgânicos.

Além disso, essa prática contribui para a melhoria da eficiência em toda a cadeia logística. Com processos otimizados, a operação torna-se mais enxuta e menos custosa, beneficiando tanto o supermercadista quanto o consumidor, que passa a encontrar produtos com preços mais competitivos. Outro aspecto fundamental é o aumento da fidelização dos clientes. Consumidores estão cada vez mais atentos às ações sustentáveis das empresas e tendem a preferir marcas comprometidas com práticas ambientais responsáveis.

Portanto, investir na economia circular no varejo fortalece a reputação da marca e atrai públicos que valorizam esses princípios. Por fim, a economia circular estimula a inovação, incentivando o desenvolvimento de produtos mais duráveis, reparáveis e recicláveis, além de abrir caminho para modelos de negócio inovadores, como o aluguel e a revenda de produtos usados.

Estratégias para implementar economia circular na cadeia de supermercados

Para que os supermercados consigam incorporar a economia circular no varejo, algumas estratégias são essenciais. Em primeiro lugar, é fundamental avaliar e otimizar o portfólio completo de embalagens, analisando o uso de matérias-primas e buscando soluções para reduzir excessos e adotar materiais recicláveis. Isso deve ser feito com uma abordagem interdisciplinar, envolvendo design, logística e fornecedores.

A integração dos princípios de sustentabilidade no design dos produtos é outro ponto-chave. Produtos modulares, duráveis e fáceis de reparar ampliam o ciclo de vida útil, ao passo que embalagens que utilizam materiais reciclados reforçam a circularidade. Além disso, a construção de parcerias estratégicas com fornecedores, recicladores e gestores de resíduos é indispensável para criar sistemas de embalagens de circuito fechado.

Investimentos em usinas de reciclagem e acordos para o fornecimento de materiais reciclados garantem a sustentabilidade ao longo de toda a cadeia. Por último, é vital desenvolver capacidades internas, como treinar equipes para compreender a logística reversa e operar processos sustentáveis. A mudança de mindset, alinhada a uma cultura organizacional voltada para a sustentabilidade, faz toda a diferença no sucesso das iniciativas.

Casos práticos: experiências da Target, IKEA e Walmart

Grandes varejistas globais vêm liderando a transformação baseada na economia circular no varejo. A Target, por exemplo, comprometeu-se a desenhar 100% das suas marcas próprias para um futuro circular até 2040, focando em reusabilidade, durabilidade e reciclabilidade. Além disso, incorpora IDs digitais em produtos para que consumidores possam acompanhar a trajetória sustentável de cada item.

Já a IKEA implementa programas de recompra e revenda de móveis usados, oferece peças para reparos e investe em materiais inovadores, como louças feitas a partir de resíduos reciclados. Essas ações visam prolongar o ciclo de vida dos produtos e reduzir a dependência de recursos naturais.

O Walmart, por sua vez, desenvolve iniciativas como o programa Walmart Resell, que comercializa eletrônicos e eletrodomésticos recondicionados, e sistemas automatizados para reciclagem orgânica. A empresa também utiliza máquinas de troca para celulares usados, incentivando a reciclagem entre os consumidores. Esses exemplos demonstram que a economia circular no varejo não apenas promove a sustentabilidade, mas também gera valor econômico e engajamento do consumidor.

Desafios e perspectivas futuras

Embora os benefícios da economia circular sejam claros, sua implementação enfrenta desafios importantes no Brasil, como infraestrutura insuficiente, barreiras regulatórias e a necessidade de investimentos em tecnologia e capacitação. Contudo, o potencial para crescimento é enorme.

As perspectivas indicam que o varejo brasileiro avançará na adoção da economia circular, especialmente à medida que consumidores e empresas reconhecem seu valor estratégico. A colaboração entre governo, setor privado e sociedade civil será fundamental para superar obstáculos e construir um mercado mais sustentável e resiliente.

Portanto, a economia circular no varejo representa uma oportunidade única para supermercados inovarem, reduzirem custos e se alinharem às demandas de um público cada vez mais consciente. Investir nessa transformação é garantir não apenas a sustentabilidade ambiental, mas também a competitividade e relevância no mercado atual e futuro.

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