Por Redação
11 de novembro de 2024A importância das cotas PCD nos supermercados
Redes devem seguir a Lei nº 8.213/1991 e garantir que seu estabelecimento seja acessível ao colaborador
Nos últimos anos, a sociedade tem dado passos importantes em direção à inclusão de pessoas com deficiência (PCD) no mercado de trabalho, e os supermercados não ficam de fora dessa transformação. A contratação de PCD é um avanço crucial para a construção de um ambiente mais justo e igualitário, mas ainda existem desafios que precisam ser superados para que a inclusão seja efetiva e não apenas simbólica.
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De acordo com a Lei de Cotas (Lei nº 8.213/1991), as empresas que têm mais de 100 funcionários, precisam cobrir um percentual de cotas de pessoas com deficiência referente a quantidade de colaboradores, essa legislação representa um importante marco para a inserção de PCD no mercado de trabalho formal, dando o direito de serem contratados de acordo com suas habilidades e competências. Embora a presença de PCD em supermercados tenha aumentado, a integração no ambiente de trabalho ainda enfrenta obstáculos significativos.
“É sempre importante ter uma assessoria jurídica ou advogado para que possa orientar as empresas nas obrigações que tem ao cumprimento dessa legislação”, destaca Carlos Manoel de Souza, gerente Jurídico da APAS.
Uma das principais dificuldades está na adaptação dos postos de trabalho. Supermercados precisam garantir que seus estabelecimentos sejam acessíveis, com rampas, banheiros adaptados e a sinalização adequada. Além disso, é fundamental que as funções designadas a essas pessoas sejam compatíveis com suas capacidades e respeitem suas limitações.
Outro desafio importante é a conscientização e o treinamento dos demais colaboradores. A inclusão não diz respeito apenas à contratação, mas também ao acolhimento. É essencial que todos os funcionários, desde a gerência até os colegas de trabalho, compreendam a importância da inclusão e saibam como interagir adequadamente com seus colegas PCD, respeitando suas necessidades e promovendo um ambiente de trabalho colaborativo.
“A principal dica que dou para os supermercadistas é que pense como uma inclusão e fazer o bem, não simplesmente como uma cota. Precisamos entender isso como fazer o bem, isso acaba trazendo mais pessoas para a empresa”, comenta Murilo Gouveia, diretor da rede Trimais.