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Varejo
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Por Redação
15 de agosto de 2024

Americanas registra prejuízo de R$ 1,4 bilhão no primeiro semestre de 2024

No mesmo período, a companhia atingiu R$ 6,8 bilhões em receita líquida

A Americanas divulgou, nessa quinta-feira (15), os resultados referentes ao acumulado de 2023 e ao primeiro semestre de 2024. Com destaque no prejuízo, em 2023 foi de R$ 2,3 bilhões, negativamente marcado pelo impacto operacional da crise e a redução de receitas, custos adicionais da Investigação e da Recuperação Judicial e parcialmente compensado por impactos tributários. Nos primeiros seis meses de 2024, o prejuízo foi de R$ 1,4 bilhão, redução de 55,9% em relação ao mesmo período de 2023. Essa queda é resultado da continuidade dos impactos positivos iniciais da nova estratégia de negócios e esforços de transformação da Administração da companhia.

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“Os últimos 18 meses foram marcados por grandes desafios: a revelação de inconsistências contábeis, que posteriormente foram identificadas como uma complexa fraude de resultados, a Recuperação Judicial e a necessidade de reconstrução da Americanas. Esses eventos impactaram o resultado do período, com queda relevante na receita e contabilização de prejuízos recordes” disse a companhia no comunicado.

Em 2023, a receita líquida consolidada atingiu R$ 14,9 bilhões, queda de 42,1% em relação a 2022. O lucro bruto alcançou R$ 4,4 bilhões, já a margem bruta representou 29,2% da receita líquida, um avanço de 9,6 p.p.. No primeiro semestre de 2024, o lucro bruto foi de R$ 2,4 bilhões, resultado que reverte o desempenho negativo apresentado em 2023, com forte crescimento de 29,5%. Já nos seis primeiros meses do ano, a receita líquida atingiu R$ 6,8 bilhões.

O desempenho consolidado de 2023 se deve, principalmente, à queda de 47,2% vs. 2022 no segmento do varejo (Americanas físico + digital), com redução do digital de aproximadamente 80%. O físico caiu cerca de 17%, impactado por problemas de abastecimento ocorridos logo após o pedido de recuperação judicial. Nos primeiros seis meses de 2024, apesar do segmento do varejo ainda cair, houve uma recuperação do físico, que cresceu quase 10%. O digital declinou aproximadamente 50% no 6M24 vs. 6M23, em linha com a estratégia de redução do seu tamanho e foco no marketplace.

Em 2023, o resultado financeiro consolidado registrou um saldo negativo de R$ 2,9 bilhões, o que representa uma melhora de R$ 2,4 bilhões em comparação ao ano anterior. Esta evolução deve-se, principalmente, à redução dos encargos financeiros relacionados a risco sacado, que deixaram de ser contabilizados devido ao término das contratações dessa operação financeira.

Apesar da Recuperação Judicial, a companhia registrou em 2023 e 6M24 elevados níveis de despesas financeiras provenientes das dívidas existentes pré Recuperação Judicial e das novas debêntures emitidas como instrumento para operacionalizar os financiamentos DIP (debtor-in-possession). Essa contabilização ocorre até o momento da novação das dívidas da Americanas no âmbito do Processo de Recuperação Judicial.

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