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Varejo
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Por Vitor Garcia
16 de março de 2023

Setor atacadista distribuidor espera crescer de 2% a 3% em 2023

Estudo mostra que o comportamento do mercado de alimentos brasileiro foi positivo no último ano

O atacado distribuidor espera um crescimento no faturamento da ordem de 2% a 3% em termos reais (valor que considera o efeito da inflação sobre o ativo ou o título) em 2023. Em termos nominais, a perspectiva é de crescimento de 7%.

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Apesar da economia mundial ainda sentir os efeitos da pandemia, do prolongamento da guerra entre Rússia e Ucrânia e da crise global na cadeia de abastecimento em diversos setores, a expectativa, no Brasil, é de que o dinheiro do Bolsa Família e do reajuste real do salário mínimo, injetados na economia, sejam direcionados para a compra de produtos alimentícios de primeira necessidade - onde os atacadistas e distribuidores mais atuam.

?A inflação, que ainda preocupa, e a taxa de juros elevada (13,5%) não deixam muita margem para o consumidor, que tem visto seu poder de compra reduzir nos últimos anos. Essas duas variáveis serão determinantes no cenário econômico?, afirma Leonardo Miguel Severini, presidente da ABAD (Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores).

O estudo Mtrix Market Insights, da empresa de inteligência de mercado Mtrix, mostra que o comportamento do mercado de alimentos em todo o Brasil foi positivo em 2022, na comparação com o ano anterior. No canal varejo alimentar, as vendas em receita cresceram + 26,3%, as vendas em volume, + 8,9%, e o total de PDVs, + 4,1%. Já no canal food service, as vendas em receita aumentaram + 28%, em volume, + 20%, e o total de PDVs, subiu +5,6%.

Segundo Fernando Figueiredo, diretor de Desenvolvimento de Negócios da Mtrix, o ano de 2022 ?foi extremamente desafiador, marcado por guerra com impactos mundiais, inflação galopante, culminando com a troca da presidência no Brasil?. Esse cenário, segundo ele, gera inevitáveis expectativas e incertezas e faz com que 2023 já comece volátil.

Apesar da volatilidade, o presidente da ABAD acredita que o setor, tradicionalmente resiliente, terá um ano próspero pela frente. ?Temos confiança em continuar crescendo, mesmo porque lidamos com alimentos de primeira necessidade. E vamos em busca desse bom desempenho, melhorando ainda mais a qualidade da entrega, a disponibilidade de produtos e o zeramento da ruptura?, concluiu.

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