Por Redação
13 de junho de 2024Setor de hipermercados registrou alta de 5,6% em maio
Os setores que apresentaram queda foram: materiais de construção, artigos farmacêuticos, móveis, vestuários, e livros
O Índice de Atividade Econômica Stone Varejo aponta queda de 0,3% do volume de vendas, no comparativo com o mês anterior. O estudo, que apresenta dados mensais da movimentação varejista no país, é uma iniciativa da Stone, empresa de tecnologia e serviços financeiros.
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“Diante desses resultados, sobretudo no comparativo mensal, o viés de baixa se torna mais claro no nosso relatório, com o terceiro mês consecutivo de pequenas quedas. Mesmo assim, quando olhamos para o cenário regional e segmentado, com resultados oscilando entre altas e baixas nos últimos meses, há maior incerteza nesta trajetória. Portanto, o panorama geral segue sem tendência clara.”, explica o pesquisador econômico e cientista de dados da Stone, responsável pelo levantamento, Matheus Calvelli.
Destaques segmentados
Entre os seis segmentos analisados, apenas um registrou alta mensal: o setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios e fumo, com crescimento de 5,6%. Em contrapartida, os outros cinco apresentaram queda, liderados por materiais de construção, com recuo de 6,2%, seguido por artigos farmacêuticos (4,3%), móveis e eletrodomésticos (2,2%), tecidos vestuários e calçados (1,9%) e livros, jornais, revistas e papelaria (1,5%).
Destaques regionais
Os dados estaduais destacam variações relevantes entre diferentes regiões, permitindo que os empreendedores ajustem suas estratégias de acordo com as tendências regionais.
Dezesseis estados se destacam com resultados positivos no mês, no comparativo ano contra ano: Maranhão (5,8%), Amazonas (5,0%), Mato Grosso do Sul (4,8%), Pará (4,7%), Roraima (4,3%), Piauí (3,6%), Goiás (2,5%), Minas Gerais (1,7%), Rio Grande do Norte (1,6%), Pernambuco (1,5%), São Paulo (1,0%), Paraíba (1,0%), Mato Grosso (0,9%), Distrito Federal (0,8%), Acre (0,4%) e Ceará (0,2%). O Distrito Federal também apresentou alta (0,8%), enquanto a Bahia permaneceu estável (0,0%).
Dez estados apresentaram baixas no mês, foram: Rondônia (-12,2%), Alagoas (-4,9%), Amapá (-4,2%), Espírito Santo (-2,0%), Tocantins (-1,8%), Rio Grande do Sul (-1,1%), Paraná (-0,7%), Sergipe (-0,5%), Santa Catarina (-0,3%) e Rio de Janeiro (-0,1%).
Entre os resultados negativos, o pesquisador e cientista de dados da Stone explica os impactos na região Sul, que apresentou baixa no volume de vendas. "No estado do Rio Grande do Sul, apesar da catástrofe das enchentes, notamos uma queda de apenas 1,1%, em maio. Este movimento é explicado pelo peso alto de segmentos de necessidade básica dentro do estado, como ‘Produtos Alimentícios’ e ‘Artigos Farmacêuticos', que após o choque do mês anterior, apresentaram forte alta durante o mês e sustentaram o resultado do comércio do estado. É importante notar que isso se refere ao recorte de comércio restrito do índice e não representa a situação do estado como um todo. Outros setores, como serviços, por exemplo, foram afetados de forma expressivamente diferente."