Por Vitor Garcia
12 de julho de 2022Brasília (DF) e Curitiba (PR) apresentam queda no valor médio da cesta básica no mês de junho
Ela continua mais cara no Rio de Janeiro (R$ 881,15), seguida por São Paulo (R$ 876,99) e Fortaleza (R$ 768,88)
O valor médio da cesta de consumo básica de alimentos de junho/22 reduziu em relação ao mês anterior em seis das oito capitais analisadas mensalmente pela plataforma Cesta de Consumo HORUS & FGV IBRE. A queda no valor da cesta variou de -8,0% a -0,3% e nas duas cidades onde houve aumento, as variações foram em níveis inferiores aos verificados nos últimos meses, de 0,2% a 2,8%.
As maiores altas foram registradas em Belo Horizonte (2,8%) e Manaus (0,2%). Já Curitiba e Brasília registraram as maiores quedas, com -8,0% e -2,6%, respectivamente.
A cesta mais cara, apesar de queda em relação ao mês anterior, continua a ser a do Rio de Janeiro (R$ 881,15), seguida pelas de São Paulo (R$ 876,99) e Fortaleza (R$ 768,88). Por outro lado, as capitais Belo Horizonte (R$ 632,08), Manaus (R$ 666,69) e Brasília (R$ 685,94) registraram os menores valores.
Dos 18 produtos da cesta básica, cinco apresentaram aumento de preço em todas as capitais: leite UHT, margarina, manteiga, frango e massas secas.
Dentre as razões para sucessivos aumentos está a alta do preço internacional das commodities, especialmente do milho e da soja usados na alimentação das vacas, que têm elevado o custo de produção do leite e de seus derivados, como é o caso da manteiga. Além disso, houve queda na produção devido ao avanço do período de entressafra, que ocorre entre o outono e o inverno, reduzindo a oferta no mercado.
O preço do frango também tem sido afetado pela alta do preço do milho, usado na ração animal, elevando seu custo de produção.
Já o preço das massas alimentícias tem sido impactado devido ao aumento internacional do preço do trigo, decorrente da guerra entre Ucrânia e Rússia, que são grandes exportadores do produto.
Os problemas climáticos têm sido o principal motivo da alta de preço do feijão e do café, devido à quebra de safras e consequente redução da oferta no mercado, além de valorização no mercado internacional.
Quando se considera a cesta de consumo ampliada, que inclui bebidas e produtos de higiene e limpeza, além de alimentos, houve um aumento no valor médio em cinco das oito capitais analisadas e queda em apenas três, diferentemente do registrado em relação à cesta de consumo básica. As capitais que apresentaram valores mais elevados da cesta ampliada foram São Paulo (R$ 1.853,36) e Rio de Janeiro (R$ 1.825,72). As maiores altas no valor da cesta ampliada foram registradas em Manaus (2,1%) e em Belo Horizonte e São Paulo (1,2%).