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Economia
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Por Redação
27 de fevereiro de 2024

Janeiro registrou alta de 0,74% nos preços impulsionado pelos produtos in natura e semielaborados

No acumulado em 12 meses a inflação é de 1,31%

O Índice de Preços dos Supermercados (IPS), calculado pela Associação Paulista de Supermercados (APAS) em parceria com a FIPE, registrou inflação de 0,74% em janeiro de 2024, impulsionado pela alta dos produtos in natura e semielaborados.

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Os produtos in natura tiveram inflação de 2,90% no primeiro mês do ano, desacelerando em relação aos três meses anteriores. O resultado do mês é fruto da diminuição do ritmo de apreciação das frutas (1,08%), legumes (4,53%), tubérculos (8,48%) e verduras (1,07%) e da deflação de 3,06% do preço dos ovos ao consumidor final.

“Apesar da queda na ponta da curva, quando comparado com o mesmo período de 2023, observamos aceleração em quase todas as categorias, resultando na alta da curva em 12 meses. A inflação acumulada em 12 meses da categoria passou de 10,32%, em dezembro, para 15,16%, em janeiro”, diz Felipe Queiroz, economista-chefe da APAS.

Dentro da subcategoria das frutas, a maior contribuição para a inflação mensal veio do aumento do maracujá, do abacaxi e da laranja, que variaram 19,15%, 11,05% e 9,47%, respectivamente. Já na subcategoria dos legumes, o produto que apresentou maior alta no mês foi a cenoura, com a aumento de 70,56%.

Com relação aos tubérculos, existem dois movimentos opostos: por um lado, a batata segue em forte alta (37,35%), enquanto a cebola, em grande queda (-15,90%). No acumulado em 12 meses, a subcategoria fica com a inflação em 17,44%, decorrente da forte alta da batata no período (39,46% em doze meses).

Produtos Semielaborados

A categoria de produtos semielaborados apresentou a quarta alta consecutiva, ficando em 2,01%. A alta registrada em janeiro foi a maior dos últimos 18 meses e foi puxada, principalmente, pela elevação das subcategorias de cereais (5,69%), pescados (2,12%) e leite (1,98%). As demais proteínas animais apresentaram alta inferior a 1% em janeiro, com variação de 0,75% da carne bovina, 0,93% da carne suína e 0,76% das aves.

Os grupos de bebidas alcoólicas e alimentos industrializados, apesar de registrarem alta de 0,36% e 0,19% no mês, respectivamente, desaceleraram tanto em relação ao mês imediatamente anterior quanto em relação ao mesmo período de 2023. Por outro lado, os grupos de produtos de higiene e beleza (-0,55%), limpeza (-0,42%) e bebidas não alcoólicas (-0,1%) deflacionaram no mês e impediram que o indicador IPS apresentasse alta mais forte em janeiro.

“Em comparação com o mesmo período de 2023, a inflação de janeiro acelerou 0,28 p.p., acumulando, em doze meses, uma alta de 1,31%. Apesar de a inflação ainda estar num nível baixo, a APAS projeta pressão altista nos preços dos alimentos, mantendo a tendência de alta no indicador no médio prazo. Essa pressão já vem sendo observada desde o último bimestre de 2023 e deve se intensificar no primeiro semestre de 2024, como já ratificam os dados de janeiro”, comenta o economista-chefe da Associação.

Industrializados 

A categoria de produtos industrializados apresentou inflação de 0,19% em janeiro, ante a alta de 0,80% do mês imediatamente anterior e 0,91% do mesmo período do ano anterior. Com o resultado de janeiro, a categoria de produtos acumula aumento de 0,62% em doze meses.

As subcategorias que apresentaram alta no mês foram: doces (1,18%), adoçantes (1,03%), enlatados e conservas (0,93%), alimentos prontos (0,44%), cafés, achocolatados em pó e chás (0,22%), condimentos e sopas (0,16%) e derivados de carne (0,05%). Em sentido oposto, as subcategorias que apresentaram queda foram: massas, farinhas e féculas (-0,58%), panificados (-0,51%), derivados de leite (-0,29%) e biscoitos e salgadinhos (-0,20%).

Em janeiro de 2024, a subcategoria de bebidas não alcoólicas apresentou a primeira redução de preços desde novembro de 2023. A diminuição de 0,1%, observada no último mês, é reflexo da queda do preço dos refrigerantes (-0,09%), principalmente. Porém, não foi apenas este item que deflacionou no período, a água mineral e os refrescos em pó caíram 1,55% e 1,41%, respectivamente. A água mineral, vale apontar, vem apresentando crescimento no consumo nos últimos 12 meses, motivado, sobretudo, pelas altas

Já a inflação apresentada pelas bebidas alcoólicas no último mês (0,36%) foi influenciada pelo crescimento de 0,40% nos preços das cervejas. Por outro lado, itens como aguardente (0,86%), champanhe (-0,83%) e vodca (-1,60%) deflacionaram no mês e impediram uma elevação ainda maior dos preços da subcategoria.

Artigos de limpeza e produtos de higiene e beleza 

Os artigos de limpeza e produtos de higiene e beleza apresentaram declínio mensal de 0,42% e 0,55% respectivamente. Sabão em pó teve boa contribuição para a redução de preços dos artigos de limpeza com queda de 0,14%. Porém, os destaques são os seguintes itens: vassouras e esponjas com redução respectiva de 2,31% e alvejante (-1,59%). Já a deflação dos artigos de higiene e beleza foi em decorrência da queda de 2,19% no preço dos xampus e -2,88% nos preços dos condicionadores.

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