Por Redação
27 de dezembro de 2024Colaboradores como influenciadores
Conheça as vantagens e desvantagens do marketing de influência com colaboradores
Com a popularização do marketing de conteúdo, muitos profissionais de estabelecimentos diversos passaram a fazer posts sobre as próprias empresas em que trabalham. É uma forma de criar relevância na rotina para os seguidores ao mesmo tempo que valoriza os estabelecimentos do qual são contratados.
As vantagens desse tipo de conteúdo são várias. Maior engajamento interno, pois o colaborador sente-se valorizado ao representar a marca, além de contribuir para uma comunicação mais autêntica e próxima com o público. Essa estratégia também pode aumentar a visibilidade da empresa e fortalecer a conexão com a comunidade. Além disso, os influenciadores internos podem colaborar em eventos, promoções e ações sazonais, reforçando os objetivos gerais do marketing. Investir em treinamento e diretrizes para os colaboradores também ajuda a harmonizar a estratégia com outros esforços de branding e comunicação.
Por outro lado, as desvantagens podem envolver a dificuldade em manter a consistência da mensagem, possíveis conflitos entre a imagem pessoal do colaborador e os valores da marca, além de desafios em gerenciar o impacto de uma eventual saída do influenciador da equipe.
Para Gustavo Malavota, sócio do Grupo Mola, empresa de treinamento de vendas e negócios, a associação com influenciadores digitais traz benefícios significativos, como alcance massivo e identificação direta com o público, que muitas vezes os vê como figuras próximas. “Esse tipo de comunicação emocional pode gerar resultados rápidos e impactantes. No entanto, os riscos também são altos. A reputação do influenciador está sempre exposta e qualquer polêmica ou comportamento inadequado pode prejudicar diretamente a imagem da marca associada”, pontua. Para ele, o equilíbrio está em planejar e selecionar cuidadosamente os parceiros, além de prever potenciais desgastes.
Malavora ainda destaca que as marcas precisam adotar uma abordagem estratégica ao lidar com crises envolvendo influenciadores. “Isso começa com uma avaliação minuciosa da situação, considerando fatores como o impacto da polêmica, o histórico do influenciador, seus valores e o contexto em que está inserido. Entender os interesses e a comunidade ao redor é essencial para decidir se vale a pena manter ou romper a parceria”.
Embora a era digital tenha ampliado a visibilidade e a influência desses embaixadores de marcas, o desafio não é novo. No passado, garotos-propaganda tradicionais também enfrentavam crises de imagem, levando empresas a romperem contratos quando escândalos surgiam. “A diferença é que, no ambiente digital, tudo acontece em tempo real e com repercussões mais rápidas e intensas. Assim como ocorria na televisão, o segredo está no planejamento estratégico, na comunicação clara e no monitoramento contínuo. A escolha por trabalhar com influenciadores pode ser altamente recompensadora, mas exige uma abordagem bem estruturada e preventiva”, aconselha.