Como os supermercadistas podem aproveitar o crescimento do setor de higiene e limpeza

O brasileiro tem investido mais em produtos de limpeza. Segundo o IPC Maps, em 2023 foram gastos cerca de R$ 32,5 bilhões no setor, um acréscimo de 5,4% em relação a 2022, quando as despesas foram de R$ 30,8 bilhões. A classe C foi a que mais gastou, ultrapassando os R$ 13 milhões neste tipo de produto. A classe B registrou 11,5 milhões e a classe A, pouco mais de 3 milhões de reais.

Confira as dicas para construir o mix ideal no setor de higiene e limpeza

Os cálculos do IPC Maps levam em conta artigos e produtos de limpeza do domicílio, como vassouras, rodos, recipientes para lixo, águas sanitárias, detergentes, sabões em pó, sabões em barra, desinfetantes, inseticidas, raticidas, ceras, lustra-móveis, esponjas de aço, amaciantes, alvejantes e coadores de café em papel.

Estes valores são bastante representativos sobre como o shopper vai às compras, especialmente porque o perfil deste consumidor mudou, impactando na rotina do varejo. Erlon Labatut, especialista em franchising e varejo, explica que hoje a demanda está cada vez mais personalizada. “Na hora da decisão de compra, cada pessoa tem uma necessidade específica bem definida na cabeça dela: o tamanho da embalagem, a eficácia, a finalidade do uso, a relação custo x benefício, entre outras. Logo, com essa série de atributos, ela vai buscar aquele que estiver mais alinhado ao conjunto de necessidades”. Para ele, se o varejista não estiver atento a isso - mesmo que a indústria ofereça uma ampla gama de cada tipo de produto, terá pouco sortimento na sua prateleira, e o cliente não será atendido. “Ele pode até comprar o que foi oferecido, mas não irá voltar”, acredita.

Destacar os produtos de limpeza a partir de uma estratégia é importante para o resultado final. Em pontos de venda físicos existem muitas oportunidades para serem exploradas. Labatut chama a atenção para a diferença na exposição dos itens na seção de produtos de higiene pessoal e de limpeza. “De cara, vemos que a iluminação é muito diferente, mais aconchegante. Esse pode ser um ótimo ponto de partida: iluminar melhor e de forma direcionada os produtos que quer dar maior destaque. Apostar em um layout atrativo, uma sinalização elaborada e até mesmo oferecer amostras dos produtos pode melhorar a experiência do consumidor”, orienta.

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No marketplace, mais do que destacar os produtos, é necessário se fazer presente por meio de diferentes canais de venda. Outra dica é utilizar de elementos que agreguem valor ao produto, como fotos de alta qualidade, comentários e avaliações de terceiros, otimização de mecanismo de buscas (SEO) e destaques nas páginas iniciais da plataforma.

A boa relação com a indústria também ajuda. Claudia Bandeira, gerente de Marketing da Limppano, diz sempre manter o varejo informado sobre lançamentos, mudanças nas formulações e atualizações para garantir que eles ofereçam sempre os produtos mais recentes aos clientes, além das principais marcas. “Além disso, os atacadistas podem fornecer informações importantes, como tendências de mercado, preferências do consumidor e desempenho de produtos, ajudando na tomada de decisão do que se incluir no estoque”, explica.

Recentemente, a marca inaugurou um centro de distribuição para garantir uma gestão ainda mais eficiente do estoque, uma ferramenta para fazer, cada vez mais, com que o correto sortimento da Limppano chegue ao maior número de pontos de venda do Brasil com o menor custo x benefício.

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