Por Redação
6 de agosto de 2024Um novo jeito de pagar
O digital se apropriou dos meios de pagamento, agora cabe ao varejista educar seu cliente para operações cada vez mais diversificadas e ágeis
Ao longo da história, o varejo presenciou uma constante transformação na forma como as pessoas pagam por seus produtos. Desde a troca de bens e serviços por outros bens, passando pelo dinheiro em espécie, até a explosão de opções digitais que vivenciamos hoje, a trajetória dos meios de pagamento acompanha a própria evolução da sociedade e molda a experiência de compra.
A busca por inovação é constante. No horizonte, novas tecnologias como pagamentos por reconhecimento facial, biometria e criptomoedas prometem revolucionar ainda mais a forma como pagamos pelas nossas compras. O futuro do varejo indica que os meios de pagamento serão cada vez mais integrados, personalizados e transparentes, proporcionando experiências de compra ainda mais fluidas e seguras para os consumidores.
Para o especialista em finanças Henrique Castiglione, CEO da EWZ Capital, assessoria de investimentos filiada ao BTG Pactual, o consumidor tem recebido os novos meios de pagamento de uma maneira muito positiva. Ele cita a biometria como exemplo, que está se tornando popular justamente pela simplicidade com a garantia de segurança. “A aproximação e o pagamento digital, incluindo o Pix, também têm ganhado bastante espaço, especialmente durante a pandemia, quando a necessidade de transações sem contato físico aumentou. Hoje não é mais um diferencial, o consumidor já olha isso como uma necessidade para consumir”, destaca.
Castiglione ainda destaca que, no cenário internacional, vemos um avanço constante em tecnologias de pagamento integradas como as carteiras digitais que englobam não apenas cartões de crédito e débito, mas também programas de fidelidade, vales e até criptomoedas. “Outra tendência forte é o uso de inteligência artificial para personalizar ofertas de pagamento e prever comportamentos de consumo, que são as chamadas super apps, que combinam múltiplos serviços em uma única plataforma. Esse tipo de serviço já está estabilizado na Ásia, e não deve demorar para ganhar mais espaço por aqui”, projeta.
Já Rafael Franco, CEO da Alphacode, aposta em pagamentos por reconhecimento facial, biométrico e até de voz, formatos que estão ganhando tração em mercados mais avançados e podem se popularizar no Brasil em breve. Ainda, entretanto, existem consumidores mais resistentes a estes novos formatos de pagamento. Para isso, Franco aposta no investimento em campanhas educativas que expliquem as camadas de segurança envolvidas nesses sistemas. “Compartilhar estudos de caso e depoimentos de usuários satisfeitos e oferecer garantias e suporte contínuo também pode ajudar a reduzir a resistência”, propõe.
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