Case internacional: Jumbo FoodMarkt inspira estratégia no mundo digital

Localizado em Amsterdam, na Holanda, o Jumbo FoodMarkt é um modelo de supermercado da rede europeia Jumbo, que combina compras, degustação e relaxamento em um só lugar, com cozinhas que preparam pratos de todo o mundo. Os clientes não só podem comprar alimentos para as mais variadas aventuras culinárias caseira, como degustar pratos preparados na hora em cozinhas especializadas.

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Antônio Sá, sócio-fundador da Amicci e professor de cursos de MBA e pós-gradução em Varejo e Marketing, já fez várias visitas à loja – uma delas, recentemente – e diz que o formato é, de fato, único no varejo alimentar. “Trata-se de uma loja maior, com pé-direito alto, muito focada em perecíveis, bastante ampla e iluminada. Tem diversos setores especializados e oferece muita comida pronta para o consumidor. É uma experiência gastronômica que serve como inspiração culinária”, resume.

A Jumbo FoodMarkt conta com padarias artesanais, açougue com cortes nobres, queijos premium, hortifruti com visual de feira e muitas opções de produtos (alguns das marcas próprias Jumbo's e Flavourings) funcionais, orgânicos e veganos. É um ambiente que faz as pessoas desejarem ficar por lá - inclusive, como um tipo de passeio.

Formato pode ser replicado no Brasil?

Segundo Antônio Sá, o modelo é viável por aqui, sim, mas é preciso lembrar que por se tratar de uma proposta mais premium, exige um consumidor disposto a consumir produtos de alta qualidade por um preço maior. “Um negócio nesses moldes no Brasil seria voltado a um público A-B. Seria uma loja maior e com uma abrangência para grandes cidades e regiões com poder de renda um pouco maior”, avalia.

A presença digital é um ponto alto da FoodMarkt, com entrega em domicílio e ferramenta clique e retire. Todo o sortimento pode ser comprado on-line, mas há uma experiência mais personalizada que inclui a entrega de itens frescos, kits culinários e refeições prontas. Ou seja, é um modelo que exige cuidado total com a qualidade dos alimentos e a agilidade no atendimento ao consumidor.

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“O Brasil é um país de dimensão continental, que tem subúrbios, questões de segurança e acesso que são importantes e não podem ser desprezados. É um cenário diferente de um país como a Holanda e esses aspectos não devem ser negligenciados ao se cogitar uma operação semelhante. Por outro lado, por aqui temos muito mais pessoas de baixa renda dispostas a fazer delivery e talvez o custo de mão de obra aqui seja mais barato. Então é preciso analisar”, declara o especialista.