Covabra Supermercados tem 58% da força de trabalho formada por mulheres

O Dia Internacional da Mulher, 8 de março, é uma data celebrada desde 1975, quando foi oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU). A data está historicamente ligada aos protestos por melhores condições de trabalho. No Brasil, ainda que as mulheres sejam a maior parte da população, segundo dados do IBGE, o gênero feminino representa apenas 42% das pessoas em trabalho formal.

Neste cenário, empresas que possuem a maior parte da força de trabalho composta por mulheres se destacam. É o caso do Covabra Supermercados, que possui 3,2 mil funcionários, sendo 58% do gênero feminino, que estão presentes em 26 dos 36 setores da rede. O número é bem superior à média mundial. O relatório Women in Business 2022, da Grant Thornton, constatou que, mundialmente, as mulheres representam apenas 30% dos funcionários nas empresas.

Os cargos de gerência também possuem uma boa ocupação feminina na rede: 34%. ?Várias vezes chego em reuniões externas e sou a única mulher a participar?, relata Silmara de Freitas Basilio, gerente de sortimento do Covabra Supermercados, que iniciou sua trajetória na empresa há 27 anos como operadora de caixa.

A rede de supermercados não conta com política específica para a contratação de mulheres, mas as oportunidades de crescimento sempre estiveram disponíveis em igualdade de condições. ?Há um olhar especial sobre a competência e desempenho do funcionário?, explica Silmara. ?Existe a abertura e a empresa ganha muito quando olha para o trabalho do colaborador, por isso temos tantas mulheres em cargos de liderança?, completa a gerente, que já ocupou oito cargos, sendo cinco em função de gestão, nessas quase três décadas. No Covabra Supermercados, dos 36 setores, três são ocupados por equipes 100% feminina: financeiro, jurídico e marketing.

Até mesmo em áreas em que as mulheres são minorias, como a de Tecnologia da Informação, o Covabra mantém a política de igualdade. Hoje, a equipe de suporte técnico da empresa da rede é coordenada por Márcia Leite. ?Na graduação, já somos minoria e, até o final, o número de mulheres diminui muito?, relata. Tal fato é validado pelo IBGE. Segundo o instituto, 79% das mulheres que ingressaram em cursos da área de Tecnologia da Informação (TI) abandonaram a universidade ainda no primeiro ano.

?Ainda na faculdade as mulheres aprendem a ter uma postura mais forte, com mais imposição e posicionamento?, explica Márcia, que, além da formação em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, se especializou em engenharia, administração de sistemas de banco de dados, está cursando Gestão em TI e comanda uma equipe de nove homens. ?Minha equipe sempre foi bem receptiva, desde o momento em que a assumi. Já tivemos uma mulher na equipe, mas dificilmente recebemos candidaturas de mulheres?, completa.