Por Vitor Garcia
23 de maio de 2022APAS anuncia apoio a campanha Sinal Vermelho contra a violência doméstica, em parceria com o Instituto Mulheres do Varejo
Programa criado pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) será disseminado nos supermercados
Depois de ter sido espalhado por farmácias em todo o país, o programa Sinal Vermelho contra Violência Doméstica, criado pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), será disseminado nos supermercados. Isso porque a Associação Paulista de Supermercados (APAS) anuncia seu apoio no dia 17 de maio, durante a APAS SHOW 2022, em parceria com o Instituto Mulheres do Varejo que apoia a causa desde o seu início.
Vanessa Mateus, presidente da AMB, Domitila Mansur, diretora AMB e a deputada Carla Morando (PSDB) anunciam, no painel da APAS SHOW, com Sandra Takata, presidente do Instituto Mulheres do Varejo, a formalização da parceria e mostram os números alarmantes da violência doméstica.
O objetivo é incentivar denúncias por meio de um símbolo: ao desenhar um ?X? na mão e exibi-lo para um colaborador dos supermercados, a vítima poderá receber auxílio e acionar as autoridades. A parceria foi anunciada e nos próximos dias a APAS deverá detalhar como os supermercadistas podem aderir à campanha.
"O setor supermercadista está empenhado em contribuir com o fim da violência doméstica. Os supermercados certamente ajudarão, pois tem frequente e próximo relacionamento com consumidoras e vítimas da violência doméstica", comenta Eduardo Ariel Grunewald, gestor de Serviços aos Supermercados da APAS.
?A violência está mais próxima do que imaginamos?, diz Sandra Takata, presidente do Instituto Mulheres do Varejo. ?Por isso, estamos empenhadas com a APAS em conseguir o maior número de participantes possível para o programa?.
Violência contra a mulher cresce
Conforme o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2022 que tem como fonte os boletins de ocorrência das Polícias Civis das 27 Unidades da Federação, houve um leve recuo nos registros de feminicídio em 2021, ao mesmo tempo que apontam o aumento dos registros de estupro e estupro de vulnerável no mesmo ano. Os dados preliminares de violência letal contabilizam 1.319 mulheres vítimas de feminicídio no último ano, decréscimo de 2,4% no número de vítimas; e 56.098 estupros (incluindo vulneráveis), apenas do gênero feminino, crescimento de 3,7% em relação ao ano anterior. Os números de registros de crimes contra meninas e mulheres aqui apresentados visibilizam o quadro de violência vivenciado por elas durante a pandemia. Apenas entre março de 2020, mês que marca o início da pandemia de covid-19 no país, e dezembro de 2021, último mês com dados disponíveis, foram 2.451 feminicídios e 100.398 casos de estupro e estupro de vulnerável de vítimas do gênero feminino.