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Economia
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Por Redação
10 de fevereiro de 2025

Valor da cesta básica aumentou em 13 capitais em janeiro

As cidades que apresentaram alta foram Salvador, Belém e Fortaleza. São Paulo teve crescimento de 1,25%

No primeiro mês de 2025, o custo da cesta básica aumentou em 13 das 17 capitais onde o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. As elevações mais importantes foram registradas em Salvador (6,2%), Belém (4,8%) e Fortaleza (3,9%). As reduções ocorreram em Porto Alegre (-1,6%), Vitória (-1,6%), Campo Grande (-0,79%) e Florianópolis (-0,09%).

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São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 851,82), seguida por Florianópolis (R$ 808,75), Rio de Janeiro (R$ 802,88) e Porto Alegre (R$ 770,63). Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 571,43), Recife (R$ 598,72) e João Pessoa (R$ 618,64)

A comparação dos valores da cesta, entre janeiro de 2024 e janeiro de 2025, mostrou que 15 capitais tiveram alta de preço, com destaque para as variações das cidades do Nordeste: Fortaleza (13,2%), João Pessoa (10,5%), Natal (10,1%), Recife (8,7%) e Aracaju (8,1%). Duas cidades apresentaram taxas negativas: Porto Alegre (-2,5%) e Belo Horizonte (-1,0%).

Produtos

Em janeiro de 2025, o preço do café em pó subiu em todas as cidades pesquisadas. Os aumentos refletiram a oferta mundial restrita e a especulação do grão nas bolsas. As altas variaram entre 3,2%, em Campo Grande, e 23%, em Goiânia. Em 12 meses, todas as 17 capitais também apresentaram taxas positivas, com destaque para Goiânia (91,5%), Belo Horizonte (83,2%) e Aracaju (83%).

O preço do tomate aumentou em 15 das 17 capitais, entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025, com taxas expressivas em Salvador (50,4%), Belo Horizonte (50,1%), Brasília (47,2%) e Rio de Janeiro (46,7%). As quedas foram registradas em Vitória (-8,2%) e Porto Alegre (-2,1%). O maior volume de chuvas reduziu a oferta e a qualidade do fruto, o que provocou a elevação de preço.

O preço do quilo do pão francês subiu em 14 capitais entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025, ficou estável em Belém e teve queda em Campo Grande (-1,9%) e Aracaju (- 0,17%). As altas mais expressivas ocorreram em João Pessoa (2,6%), Florianópolis (2,3%) e Belo Horizonte (2%). A menor oferta de trigo nacional e a necessidade maior de importação, encareceram a farinha de panificação, o que explica a alta do preço do pão francês no varejo.

O preço do quilo da batata diminuiu em nove das 10 cidades do Centro-Sul, onde o tubérculo é pesquisado. As taxas variaram entre -46,8%, em Porto Alegre, e -6,8%, em Goiânia. A alta ocorreu em Belo Horizonte (18,7%). A maior oferta e a alta produtividade das colheitas reduziram os preços no varejo.

Em janeiro de 2025, o preço do arroz agulhinha diminuiu em 16 das 17 cidades, com variações entre -5,8%, em Brasília, e -0,34%, em São Paulo. Em Vitória, a alta foi de 0,76%. A maior oferta, devido às importações de arroz, e o baixo movimento no mercado de compra e venda são responsáveis pelos valores menores na maior parte das cidades

O custo do quilo do feijão diminuiu em 13 das 17 capitais. O valor do tipo carioquinha, pesquisado no Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Belo Horizonte e São Paulo, caiu em oito capitais com taxas que variaram entre -4,1%, em Salvador, e -1,5%, em Goiânia. Quatro capitais tiveram elevação inferior a 0,50%: Natal (0,26%), Aracaju (0,29%), Brasília (0,30%) e São Paulo (0,43%). Em 12 meses, todas as cidades registraram redução, com destaque para Belo Horizonte (-26,8%). O preço do feijão tipo preto, coletado nas capitais do Sul, em Vitória e no Rio de Janeiro, foi menor em todas as cidades e as variações oscilaram entre -4,6%, no Rio de Janeiro, e -0,82%, em Florianópolis. A baixa demanda, devido às férias escolares, e o satisfatório nível de oferta explicam a diminuição no varejo.

O preço do leite integral baixou em 12 capitais. As reduções oscilaram entre -3,8%, em Curitiba, e -0,16%, em Brasília. Em João Pessoa, o preço não variou. A alta mais importante foi anotada em Fortaleza (0,73%). A maior disponibilidade de leite cru, impulsionada pelo avanço da safra nacional, tem aumentado o estoque dos produtos lácteos, como o leite UHT.

São Paulo

Em janeiro de 2025, o preço da cesta básica na cidade de São Paulo apresentou alta de 1,25% em relação a dezembro de 2024. A cesta da capital paulista foi a mais cara naquele mês, com valor de R$ 851,82. Na comparação com janeiro de 2024, o valor aumentou 7,3%.

Entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025, 10 produtos que compõem a cesta básica tiveram alta nos preços médios: tomate (14,6%), café em pó (6,2%), óleo de soja (2,9%), carne bovina de primeira (1,2%), açúcar refinado (0,66%), feijão carioquinha (0,43%), manteiga (0,27%), banana (0,24%), farinha de trigo (0,22%) e pão francês (0,21%). Outros três produtos apresentaram queda de preço: batata (-9,5%), leite integral (-1,8%) e arroz agulhinha (-0,34%).

No acumulado dos últimos 12 meses, foram registradas elevações em nove dos 13 produtos da cesta: café em pó (37,7%), óleo de soja (35,3%), carne bovina de primeira (27%), leite integral (11,5%), manteiga (7,7%), arroz agulhinha (5,3%), pão francês (5,2%), banana (5,1%) e açúcar refinado (1,3%). Outros quatro itens acumularam reduções: batata (-30,9%), tomate (-17,5%), feijão carioquinha (-9,6%) e farinha de trigo (-0,32%).

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