
Por Redação
14 de março de 2025São Paulo apresentou maior custo da cesta básica em fevereiro
As cidades que registraram alta nos preços foram Recife, João Pessoa, Natal e Brasília
O valor do conjunto dos alimentos básicos aumentou em 14 das 17 capitais onde o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. Entre janeiro e fevereiro de 2025, as elevações mais importantes ocorreram em Recife (4,4%), João Pessoa (2,5%), Natal (2,2%) e Brasília (2,1%). Já as reduções foram observadas em três capitais: Goiânia (-2,3%), Florianópolis (-0,13%) e Porto Alegre (-0,12%).
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São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 860,53), seguida pelo Rio de Janeiro (R$ 814,90), Florianópolis (R$ 807,71) e Campo Grande (R$ 773,95). Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 580,45), Recife (R$ 625,33) e Salvador (R$ 628,80).
A comparação dos valores da cesta, entre fevereiro de 2024 e fevereiro de 2025, mostrou que 14 capitais tiveram alta de preço, com variações entre 1,8%, em Vitória, e 13,2%, em Fortaleza. As quedas ocorreram em Porto Alegre (-3,4%), Rio de Janeiro (-2,1%) e Belo Horizonte (-0,20%).
Nos dois primeiros meses do ano, o custo da cesta básica aumentou em 14 cidades, com destaque para as variações no Nordeste e no Norte: Salvador (7,6%), Recife (6,2%), Fortaleza (5,4%) e Belém (5,4%). As quedas aconteceram em Porto Alegre (-1,7%), Vitória (-0,26%) e Florianópolis (-0,22%).
Comportamento dos preços dos produtos da cesta
Em fevereiro de 2025, o preço do café em pó subiu em todas as cidades pesquisadas. As altas variaram entre 6,6%, em São Paulo, e 23,8%, em Florianópolis. Em 12 meses, todas as 17 capitais também apresentaram taxas positivas, com destaque para Goiânia (113,9%) e Brasília (112,8%). Os baixos estoques, consequência da menor produção de café no Brasil e no Vietnã, e a firme demanda internacional pressionaram os preços do grão.
O preço do tomate aumentou em 15 das 17 capitais, entre janeiro e fevereiro de 2025, com taxas expressivas em Recife (44,2%), Belo Horizonte (24,2%), Natal (22,1%) e Rio de Janeiro (20,7%). As quedas foram registradas em Porto Alegre (-13,1%) e Florianópolis (-9%). O maior volume de chuvas e a menor oferta nas regiões produtoras da temporada de verão reduziram a oferta e a qualidade do fruto, por isso a elevação de preço na maioria das cidades.
O preço do quilo da carne bovina de primeira subiu em 11 capitais, entre janeiro e fevereiro de 2025. As altas oscilaram entre 0,40%, em Natal, e 2,3%, em Vitória. As quedas mais importantes ocorreram em Goiânia (-3,8%) e Belém (-2,6%). Os preços da carne seguem oscilando no varejo, de um lado, a maior oferta de vacas para abate e a pressão dos frigoríficos diminuem os preços e, por outro, cresceu o volume de carne exportado.
O preço do óleo de soja diminuiu em 16 capitais. As reduções oscilaram entre -7,6%, em Salvador, e -0,25%, Vitória. A alta ocorreu em Belém (0,78%). O avanço da colheita da safra 2024/2025 resultou em queda na cotação da soja e derivados
O custo do quilo do feijão diminuiu em 16 das 17 capitais. O valor do tipo carioquinha, pesquisado no Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Belo Horizonte e São Paulo, caiu em quase todas as cidades, com taxas que variaram entre -5,3%, em Goiânia, e -0,13%, em Fortaleza. A alta foi registrada em Aracaju (0,58%). O preço do feijão tipo preto, coletado nas capitais do Sul, em Vitória e no Rio de Janeiro, foi menor em todas as cidades e os percentuais oscilaram entre -7,93%, em Vitória, e -2,24%, em Porto Alegre. A menor demanda e o avanço da colheita dos dois tipos de grãos explicaram os resultados no varejo
O preço do quilo da batata diminuiu em sete das 10 cidades do Centro-Sul, onde o tubérculo é pesquisado. As taxas variaram entre -14,7%, em Belo Horizonte, e -0,41%, no Rio de Janeiro. As altas ocorreram em Campo Grande (14,1%), Curitiba (3,2%) e Vitória (2,5%). A oferta aumentou devido à colheita, contudo, em algumas cidades, as chuvas reduziram a qualidade do tubérculo ofertado e os preços aumentaram
Em fevereiro de 2025, o preço do arroz agulhinha diminuiu em 13 das 17 cidades, com variações entre -4%, em João Pessoa, e -0,31%, em Belém. Não houve variação de preço em Campo Grande. As altas ocorreram em Aracaju (4,1%), Brasília (1,9%) e Fortaleza (0,67%). O arroz ficou mais barato, consequência da proximidade da entrada do cereal da nova safra, da necessidade de liquidação de estoques e da ausência de compradores.
São Paulo
Em fevereiro de 2025, o custo da cesta básica da cidade de São Paulo foi o maior entre as 17 cidades pesquisadas, chegando a R$ 860,53, aumento de 1,02% em relação a janeiro. Na comparação com fevereiro de 2024, o preço subiu 6,45% e acumulou alta de 2,29% nos dois primeiros meses do ano.
Entre janeiro e fevereiro de 2025, oito dos 13 produtos que compõem a cesta básica tiveram queda nos preços médios: óleo de soja (-3%), feijão carioquinha (2,2%), batata (-2%), banana (-1,6%), açúcar refinado (-1,3%), arroz agulhinha (-1,1%), farinha de trigo (-0,65%) e manteiga (-0,27%). Já as elevações foram registradas nos valores do tomate (8,2%), café em pó (6,6%), carne bovina de primeira (1,3%), leite integral (0,87%) e pão francês (0,16%).