Por Redação
2 de fevereiro de 2024Confira as dicas para construir o mix ideal no setor de higiene e limpeza
De acordo com o levantamento realizado pela ABIPLA, com base nos dados do IPCA, o reajuste nos valores dos produtos dessa categoria foi de 1,22% no ano passado, enquanto a inflação geral ficou em 4,62%
À medida que mais consumidores demonstram interesse e os preços continuam a cair, os produtos de limpeza tornaram-se essenciais para os supermercados. Em 2023, os preços desses itens no Brasil foram ajustados abaixo da taxa de inflação pela quinta vez na última década. De acordo com um estudo realizado pela ABIPLA (Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso Doméstico e de Uso Profissional), usando dados do IPCA (Índice Geral de Preços ao Consumidor Amplo), o aumento dos preços dos produtos de limpeza foi de apenas 1,22% no ano passado, em contraste com a inflação geral de 4,62%.
Compreender este contexto provou ser fundamental para criar um mix ideal baseado no que a indústria oferece. Claudia Bandeira, gerente de Marketing da Limppano, esclarece que, no setor de produtos de limpeza, 65% dos consumidores tendem a priorizar a qualidade do produto, ao contrário de outros segmentos onde o preço tem maior influência na decisão. "O desafio significativo, tanto para a indústria quanto para o varejo, é apresentar ao consumidor produtos que simplifiquem a rotina diária. As pessoas estão mais ocupadas e, portanto, é necessário focar em produtos que proporcionem praticidade", acredita Claudia.
A marca aposta em eficiência na limpeza, aroma agradável, valor econômico, inovações e produtos ecologicamente corretos. Estudos recentes indicam que uma significativa parcela dos consumidores de produtos de limpeza está receptiva a mudanças de marca e procurando por novidades nas gôndolas. "A alteração pode acontecer quando, por exemplo, o consumidor encontra insatisfação no preço do produto habitual ou quando é persuadido de que o produto de outra marca pode oferecer mais benefícios", analisa a executiva.
Para Rafael Jakubowski, master em gestão comercial e marketing pela Business School São Paulo, este panorama impacta na preocupação com o sortimento, tanto para soluções de produtos de limpeza específicos (para vidro, chão, superfícies diversas) quanto para soluções que entregam mais facilidade na hora da limpeza.
Ele esclarece que esses produtos devem ser considerados com base no que prometem, pois, os produtos de limpeza são adquiridos por necessidade, e não por desejo. "Uma sugestão é enfatizar gatilhos de venda como: o produto possui maior eficácia, reduzindo o tempo necessário para limpar sua casa, não deixa odores desagradáveis no ambiente ou ainda perfuma sua casa, proporcionando um ambiente mais limpo", ele acredita.
Para aquecer as vendas, técnicas como upsell e cross sell fazem bem à categoria. “O upsell pode ser feito levando em consideração que existem produtos com mais quantidade, ou litragem, e, portanto, podem durar mais para o cliente - afinal ninguém gosta de ficar toda hora comprando produtos de limpeza”, acredita o especialista. Além de oferecer uma litragem maior, ele também sugere aplicar Cross sell entre a categoria. “Está levando um detergente? Que tal levar uma esponja nova?”, recomenda.
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