Por Redação
6 de janeiro de 2025Para manter a margem de lucro
O desafio de manter a rentabilidade em um cenário de alta dos custos e mudanças no comportamento do consumidor
Os supermercados enfrentam diversos desafios para manter a rentabilidade no longo prazo, sendo o controle de custos um dos mais significativos. A oscilação no preço das matérias-primas, como alimentos e produtos de consumo diário, pode impactar diretamente as margens de lucro. Além disso, custos com logística, armazenagem e mão de obra são constantemente pressionados, principalmente em cenários de inflação. Para evitar prejuízos, os supermercados precisam encontrar maneiras de reduzir ou otimizar essas despesas sem prejudicar a qualidade dos produtos e o atendimento ao cliente.
Outro desafio crucial é a crescente concorrência, especialmente com o avanço das plataformas de e-commerce e a popularização das compras online. Muitos consumidores preferem a conveniência de fazer compras pela internet, o que obriga os supermercados tradicionais a investirem em novas tecnologias e estratégias digitais para atrair e reter clientes. Isso inclui a adaptação de seus sistemas de gestão de estoque, melhoria no atendimento ao cliente e otimização da experiência de compra, seja física ou digital. Essa transição demanda investimentos significativos, o que pode afetar a rentabilidade no curto prazo, embora seja essencial para a sustentabilidade a longo prazo.
Além disso, os supermercados precisam lidar com mudanças no comportamento do consumidor, que se tornam mais exigentes em relação à qualidade, sustentabilidade e preço. A tendência de buscar produtos orgânicos, locais e eco-friendly demanda que os supermercados se adaptem rapidamente a essas preferências, sem comprometer a rentabilidade. A gestão de estoques e a precificação dinâmica também se tornam ainda mais desafiadoras, uma vez que a volatilidade no mercado de alimentos exige agilidade e flexibilidade na resposta às necessidades dos consumidores. Esse equilíbrio entre inovação, adaptação às tendências e controle de custos é fundamental para a rentabilidade duradoura dos supermercados.
Para Carlos Alexandre da Silva Rosa, proprietário do Minimercado Dona Ivete, a principal estratégia para lidar com as altas dos preços está na diminuição da margem de lucro. “A perda de margem é astronômica, por isso o que fazemos é tentar aumentar o giro de mercadoria, tentando não cair tanto na lucratividade. Então, em vez de aumentar a lucratividade, a gente mantém ou até diminui pouca coisa para segurar a inflação. Ou seja, aumenta o faturamento e se mantém a lucratividade, caindo à margem”, detalha o empresário.
A principal causa da alta de custos nos supermercados atualmente está diretamente relacionada à inflação global e aos aumentos nos preços das matérias-primas. A inflação, que reflete o aumento generalizado de preços, tem pressionado o custo de alimentos e outros produtos essenciais. As flutuações no preço de commodities, como grãos, carnes e óleos, impactam diretamente os custos de produção e distribuição desses itens. Quando os custos de insumos aumentam, os supermercados são forçados a repassar parte desse aumento aos consumidores, o que eleva os preços nas prateleiras.
Além disso, a cadeia de suprimentos tem enfrentado desafios significativos, como a escassez de mão de obra e dificuldades no transporte de mercadorias. A falta de trabalhadores, especialmente no setor de transporte e logística, tem gerado atrasos nas entregas e aumento nos custos de frete. Com o aumento dos custos logísticos, os supermercados enfrentam dificuldades para manter seus estoques atualizados e entregar produtos de maneira eficiente, o que também reflete no aumento dos preços para o consumidor final.