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Especial
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Por Redação
26 de setembro de 2025

Tendências no açougue: cortes premium ganham força entre consumidores exigentes

Enquanto carnes nobres consolidam a busca por experiências gastronômicas, proteínas alternativas e inovações tecnológicas ampliam o horizonte do setor

O açougue está vivendo uma transformação silenciosa, mas profunda. Se antes o foco estava apenas nos cortes tradicionais, hoje o consumidor começa a olhar para duas frentes distintas: as carnes premium, que traduzem sofisticação e prazer à mesa, e as alternativas de origem vegetal, que crescem impulsionadas por questões de saúde e sustentabilidade. Esse movimento não é excludente: o mesmo cliente que busca um Wagyu - um tipo de carne bovina japonesa de altíssima qualidade, famosa pela sua extrema maciez, suculência e sabor rico, devido ao seu intenso "marmoreio" (gordura entremeada nas fibras da carne) - para uma ocasião especial pode recorrer a uma proteína vegetal no dia a dia, ampliando o leque de consumo e reforçando a diversidade de escolhas.

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A busca por cortes premium é um fenômeno em expansão. O consumidor moderno está disposto a pagar mais por sabor, maciez e garantia de origem. Linhas como carne orgânica, animais criados a pasto ou cortes maturados conquistam espaço, assim como a valorização de cortes antes pouco conhecidos, como o Flat Iron ou a Picanha Suína. Já no campo das alternativas vegetais, fatores como saúde, ética e curiosidade vêm ampliando o interesse. Nesse cenário, Wellington Melo, especialista em vendas e varejo, destaca o papel da inovação. “Carnes como a de jaca, por exemplo, já têm público fiel. E não podemos descartar novidades ainda mais disruptivas, como proteínas produzidas em impressoras 3D. A tecnologia vai redefinir o segmento”, afirma.

O ponto central é que o mercado ainda tem muito espaço para crescer e se reinventar. Para Melo, conhecer o novo consumidor é essencial. “Assim como aconteceu com a inteligência artificial, quem se adiantar na adoção dessas tendências terá vantagem competitiva. Grandes grupos supermercadistas já saem na frente pelo poder de investimento, mas os pequenos também podem se destacar ao explorar nichos bem trabalhados”, observa. Ele aponta que a preparação do setor deve incluir estudo, capacitação e ambientes que transmitam confiança. Açougues que investirem em espaços bem organizados, iluminação adequada, degustações, workshops e transparência sobre a procedência da carne terão mais chances de fidelizar clientes. Afinal, o consumidor premium não busca apenas variedade, mas também informação e experiência.

Além disso, Melo ressalta que a evolução do mercado passa por uma mudança cultural. Os consumidores estão cada vez mais conectados e informados, o que exige que os açougues acompanhem essa transformação digital. Estratégias como presença ativa em redes sociais, divulgação de conteúdos sobre preparo e harmonização, além de plataformas de venda online, podem fortalecer a relação com o público. Nesse contexto, a tecnologia não se limita apenas ao produto, mas também ao modo como ele chega até o cliente, criando novas formas de engajamento e diferenciação competitiva.

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