Por Redação
7 de novembro de 2025Franquias e collabs: novas estratégias de expansão no varejo supermercadista
Modelos colaborativos e lojas temporárias ampliam o alcance das marcas e fortalecem parcerias entre redes de supermercados
A franquia como modelo de expansão tem ganhado terreno no varejo supermercadista brasileiro, especialmente entre redes regionais que buscam crescer com menor risco e investimento compartilhado. Embora ainda não seja dominante no setor, tradicionalmente marcado por operações próprias, o formato tem se mostrado uma alternativa viável para acelerar a presença de marca, padronizar processos e explorar mercados de menor porte.
LEIA TAMBÉM
Na hora, lugar e com o formato certo!
Collabs transformam a fachada em mídia e experiência
Ao mesmo tempo, surgem novos modelos de parceria que seguem a mesma lógica de descentralização e compartilhamento de estrutura, como as collabs, em que duas marcas se unem em um mesmo espaço comercial para ampliar o alcance e diversificar a oferta ao consumidor. Segundo Ahmad Yassin, fundador e CEO do Grupo Vestcasa, uma das principais estratégias da empresa está nas chamadas collabs, parcerias com supermercados e atacadistas em todo o país. “Essas collabs contemplam a ocupação de espaços exclusivos nos corredores e estacionamentos das lojas parceiras, permitindo que o consumidor compre os produtos diretamente nos caixas dos supermercados”, explica. O formato é flexível: o tamanho do espaço varia conforme o parceiro e pode ser adaptado de acordo com o perfil da operação.
O mix de produtos é outro ponto estratégico. A Vestcasa trabalha com um portfólio amplo — que inclui itens de cama, mesa, banho, decoração, utilidades domésticas, alimentos, bebidas, roupas, TVs e até carrinhos de bebê — selecionados para complementar o sortimento do supermercado. “Nosso objetivo é gerar alto giro e agregar conveniência para o cliente”, destaca Yassin. As collabs não têm prazo fixo: algumas são temporárias, com duração de até seis meses, enquanto outras se tornam permanentes conforme a performance. “O importante é que funcionem bem para o consumidor. Quando ele se beneficia, o parceiro se fortalece e nós também crescemos”, resume o executivo.
Além das collabs, a Vestcasa tem apostado nas lojas temporárias, um formato de capilaridade inteligente voltado para testar mercados e explorar oportunidades de curto prazo. “São unidades físicas com prazo determinado, geralmente de até seis meses, instaladas em regiões onde identificamos demanda reprimida ou potencial de giro rápido”, explica Yassin. O modelo permite otimizar estoques, manter a presença da marca e operar com custos reduzidos, sem os compromissos de longo prazo de uma loja tradicional.
Um exemplo recente é a loja temporária inaugurada em setembro no bairro Jardim São Marcos, em São José do Rio Preto (SP), que já registra grande adesão, especialmente entre os sócios do Clube Vestcasa.
Acesse o Especial do Mês de novembro e confira todas as matérias sobre: Expansão e gestão de lojas
