Por Redação
13 de março de 2024Como as marcas de azeite estão lidando com a crise global na safra do produto
Aumento no preço atinge recorde no Brasil e empresas buscam soluções para atender demanda do mercado
Um dos itens de cozinha mais queridos dos brasileiros está se tornando artigo de luxo para muitos consumidores brasileiros. Uma pesquisa feita pela Horus mostra que o preço do azeite virgem, por exemplo, saiu de uma média de R$ 20,00 em 2021 para R$ 30,00 ano passado, o maior patamar dos últimos sete anos. O motivo para uma alta de 50% no preço médio do azeite em um período de dois anos está relacionado aos problemas de safra na Europa, região que concentra 75% da produção mundial de azeites.
Para Giorgia Mezacasa Forest, supervisora de exportação e importação da cooperativa Vinícola Aurora, as condições climáticas estão afetando a importação de azeites e a solução não será a curto prazo. “Para suprir a demanda, os distribuidores espanhóis foram buscar azeites de outras origens e uma delas foi o Chile, que é de onde a Aurora importa o produto. Com a maior procura de oferta e demanda, consequentemente, o Chile subiu o preço e reduziu a disponibilidade do produto. Nosso maior desafio para contornar as crises e minimizar o impacto da escassez do produto no mercado é manter a marca Aurora forte e relevante”, explica.
De acordo com Adilson Carvalhal Junior, diretor da Casa Flora Importadora, além do aumento de preços histórico do azeite no Brasil, existe também a escassez do produto nas lojas. “O maior desafio da empresa para contornar as crises e minimizar o impacto nos negócios é tentar ajustar a demanda da empresa ao que o seu fornecedor consegue entregar de produto, além de tentar antecipar as compras para garantir o estoque a um preço competitivo. As marcas nacionais vêm fazendo um grande papel, principalmente em questão de levar ao mercado um produto de alta qualidade. Porém nossa produção ainda é muito baixa para poder suprir a demanda do mercado”, avalia.
Distribuição nacional e expectativas para 2024
A supervisora de exportação e importação da Aurora explica que a empresa não trabalha com a produção nacional atualmente devido ao baixo volume não conseguir suprir a distribuição nacional da marca. “Por ser uma produção mais limitada, os azeites brasileiros acabam sendo quase como um produto gourmet ou muito especializado. Reconhecemos a qualidade das marcas nacionais e sabemos que os produtores brasileiros estão se aprimorando cada vez mais. Mas, é importante que eles estejam cientes de que, quanto mais conseguirem produzir, mais vão vender”, ressalta Giorgia Mezacasa Forest.
Segundo o diretor da Casa Flora Importadora, a expectativa da empresa para 2024 é de que o preço do azeite continuará alto, assim como a escassez do produto. “A safra na Europa ocorre no segundo semestre, a partir de outubro. Então, até lá não devemos ter grandes alterações no cenário atual, mas, provavelmente o mercado começa a se regularizar a partir de 2025”, diz Adilson Carvalhal Júnior.
Em 2024, a Aurora pretende desenvolver outros fornecedores de azeites desde que consigam atender aos requisitos de qualidade da marca. “O nosso desafio é ampliar esse mercado e sempre levar a marca da Aurora também para outros produtos, especialmente o azeite de oliva”, conclui a supervisora de exportação e importação da cooperativa Vinícola Aurora.
Desculpe a franqueza, mas essas desculpas não me convençem, você amentar um produto de acordo com o mercado , normal, mas você dobrar o preço, e vem com essa desculpa, é muita cara de pau.