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Tecnologia
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Por Redação
18 de novembro de 2024

Blockchain transforma o varejo supermercadista garantindo rastreabilidade completa e segurança alimentar

Especialistas mostram como a tecnologia está revolucionando a cadeia de alimentos e fortalecendo a confiança do consumidor

A tecnologia blockchain tem se tornado uma ferramenta poderosa para fortalecer a transparência e a rastreabilidade dos alimentos no varejo supermercadista. Segundo a Pesquisa Global de Blockchain no Varejo da Deloitte, 84% dos executivos do setor afirmaram que a implementação dessa tecnologia na cadeia de suprimentos aumentaria a confiança dos consumidores, especialmente em relação à procedência dos produtos.

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O blockchain funciona como um registro digital compartilhado e seguro, onde cada transação ou mudança é armazenada em um bloco de dados conectado aos anteriores, formando uma cadeia de blocos praticamente impossível de ser alterada ou apagada. No setor supermercadista, por exemplo, isso significa que toda a trajetória de um alimento, do produtor até a prateleira, fica registrada de maneira segura e acessível, proporcionando mais confiança e controle sobre a procedência dos produtos.

A tecnologia possibilita acompanhar o ciclo completo dos alimentos, da fazenda até o ponto de venda, garantindo segurança e informações detalhadas para o consumidor final. Para Fabiano Nagamatsu, CEO da Osten Moove, do Osten Group, atualmente o blockchain oferece um nível de detalhamento antes inalcançável.

Segundo o executivo, hoje a tecnologia permite registrar cada etapa, desde o planejamento até o transporte e distribuição, de forma imutável. “Uma vez registrada, essa informação não pode ser falsificada, o que proporciona transparência e confiança sobre a origem e manipulação dos produtos. Os consumidores podem acessar informações adicionais, como o uso de agrotóxicos e práticas de sustentabilidade, por exemplo, fatores que se tornam prioritários para muitas famílias”, diz.

Benefícios e desafios do blockchain para as redes varejistas

A implementação do blockchain também tem o poder de transformar a transparência na cadeia de suprimentos alimentares, de acordo com André Carneiro, CEO da BBChain. “A tecnologia permite registrar toda a trajetória dos alimentos, do produtor ao supermercado, de maneira clara e segura. Assim, todos podem verificar e confiar nas informações dos produtos, evitando fraudes e erros”, afirma.

Outro benefício importante do blockchain, segundo Nagamatsu, é a possibilidade de auditar cada etapa do processo de forma automática e segura, melhorando o controle de qualidade sobre os produtos. “Além de diminuir o desperdício e garantir a segurança dos alimentos, essa tecnologia permite monitorar a cadeia de suprimentos, otimizando o processo e reduzindo os custos para o consumidor, enquanto aumenta a lucratividade do empreendedor”, complementa.

Segundo Carneiro, implementar o blockchain em grandes redes de supermercados ainda é um desafio. “A integração com sistemas existentes, os altos custos iniciais e a necessidade de padronizar dados são obstáculos a serem superados. E para superar essas barreiras, é necessário investir em tecnologia e na colaboração entre os elos da cadeia. Para que a transição ocorra de maneira eficiente, é preciso treinar e criar um ambiente de cooperação e inovação entre os fornecedores e as redes varejistas”, observa o CEO da BBChain.

Nagamatsu também aponta a resistência de alguns produtores menos familiarizados com a tecnologia como um desafio. “Para superar isso, é preciso conscientizar e evangelizar os envolvidos sobre os benefícios do blockchain, mostrando como ele promove segurança e recompensa no mercado. Além disso, questões de privacidade e segurança de dados também são fundamentais para definir quais informações serão públicas e quais precisarão de criptografia”, analisa o CEO da Osten Moov.

Confiança e segurança como novo padrão no varejo

A confiança do consumidor é um ativo valioso para as redes de supermercados e o blockchain pode desempenhar um papel central nesse aspecto, segundo André Carneiro. “O uso dessa tecnologia oferece uma transparência total sobre a origem e qualidade dos produtos, o que pode aumentar a lealdade à marca e a preferência por produtos mais transparentes. Com o rastreamento em tempo real, o consumidor se sente mais seguro, especialmente no contexto de um mercado cada vez mais focado em práticas éticas e de sustentabilidade” afirma.

Fabiano Nagamatsu destaca o impacto positivo da tecnologia na segurança alimentar: “Os consumidores podem ter certeza de que os produtos que compram são autênticos e que sua produção exige normas éticas e saudáveis. Isso reduz as incertezas e aumenta a responsabilidade em toda a cadeia, trazendo benefícios tanto para os supermercados quanto para o consumidor final. Com a crescente demanda por produtos naturais e sustentáveis, o blockchain se apresenta como uma solução robusta para o varejo que busca se adaptar a esse novo perfil de consumo”, completa o executivo.

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