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Varejo
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Por Redação
10 de março de 2022

Empoderamento e maior equidade no ecossistema de negócios dão o tom em evento do Mulheres do Varejo

Elas se reuniram no Espaço APAS, em São Paulo (SP), para mostrar a importância feminina no setor e no mercado de consumo

Na quarta-feira (10/03), aconteceu o 4º Encontro Nacional do Instituto das Mulheres do Varejo, o Voice & Choice, que esgotou os ingressos para o Espaço APAS em São Paulo (SP), além do público que participou de forma online. O encontro, com mais de 250 participantes, em comemoração ao mês das mulheres, discutiu o papel feminino na sociedade e no ecossistema do varejo e anunciou a nova liderança.

O painel "como o poder da escolha pode empoderar todo o ecossistema dos negócios" contou com a presença de Dani Junco,  fundadora da B2Mamy; Rachel Maia, Fundadora da RM Consulting e ex-CEO da Lacoste, Pandora e Tiffany e que ocupa a cadeira de conselheira de empresas de diferentes segmentos; Elisa Tawil, co-fundadora e líder do Mulheres do Imobiliário e LinkedIn Top Voices; Tatyane Luncah, CEO do Grupo Projeto Figital; Vanessa Sandrini, diretora de Novos Negócios da JHSF e mediação de Letícia Vidica, gerente de conteúdo da CNN Brasil.

Rachel Maia iniciou o bate-papo comentando sobre a importância do respeito com o próximo, mas que ainda sim é importante que as mulheres aumentem suas vozes dentro e fora do mercado de trabalho. "Temos que nos empoderar, mas para isso é necessário reconstruir para nos construirmos novamente no modelo que priorize a pluraridade, porém para fazer isso é preciso humildade. Chamem essa responsabilidade para a primeira pessoa do singular, para você mesma. Nós temos que começar agora."

Durante o painel foi abordado o tema do afastamento feminino do trabalho devido a gestação. Esse fator, em diversas empresas, de acordo com as painelistas, é levado em consideração na hora de se empregar uma mulher. "É importante lembrar que a coisa mais normal do mundo é a gestação. Se 50% da população é de mulheres, os outros 50% são os filhos delas. A gente precisa empregar mulheres e dar renda para torná-las líderes e livres economicamente. Se as empresas querem as mulheres consumindo, por quê eles não querem elas trabalhando e ganhando seu dinheiro?" afirmou Dani Junco, mãe e fundadora da B2Mamy.

Na conversa, Elisa Tawil levantou o ponto da violência doméstica, o que, segundo ela, seria o grande mal da sociedade nos dias atuais. Por conta do isolamento social o lar virou um dos ambientes mais perigosos para mulheres e meninas do Brasil, por isso, a executiva incentiva, em seu trabalho, que mulheres consigam suas propriedades e tenham independência financeira de seus parceiros. "Uma das maneiras das mulheres adquirirem essa liberdade financeira é por meio do empreendedorismo. Muitas usam suas habilidades para criarem seus próprios negócios, por necessidade ou por sonharem em lucrarem com seus sonhos". De acordo com dados do Sebrae, 31% das mulheres são empreendedoras e Tatyane Luncah destacou que esses números estão aumentando, principalmente por conta da pandemia da Covid-19.

Vanessa Sandrini encerrou o painel mostrando os atuais dados sobre representatividade feminina e reforçou "aqui não é um evento sobre mulheres, mas sim sobre resultados, para os executivos entenderem o que está acontecendo em seus negócios".

No varejo os números seguem a mesma linha em relação com mulheres em cargos de liderança. "Um terço do PIB do país é do varejo alimentar e as pessoas iniciam em seus empregos pelo varejo. A mulher representa, no mínimo, 70% da base de colaboradores do varejo alimentar, porém, apenas 16% delas são líderes ou ocupam cargos estratégicos", concluiu Sandrini.

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