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Varejo
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Por Redação
10 de janeiro de 2025

Saiba quais são as perspectivas do varejo alimentar em 2025

Simplificação da gestão com a reforma tributária, digitalização e sustentabilidade devem dar o tom à operação do setor este ano

Assim como qualquer segmento envolvendo o comércio, a trajetória do setor depende das expectativas de evolução da economia brasileira ao longo de 2025. Algumas projeções, porém, já permitem vislumbrar os caminhos que serão percorridos neste ano pelo varejo alimentar. Segundo Claudio Felisoni de Angelo, presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo (IBEVAR), as condições presentes levam a estimar uma expansão do PIB entre 2% e 2,5% em 2025 - e essa perspectiva é uma boa notícia. "Nós esperamos um crescimento entre 2% e 4% do setor de supermercados. É preciso observar, entretanto, que persistem muitas dúvidas sobre o controle da inflação, tendo em vista a pouca disposição do governo em cortar despesas. As reações recentes mostram isso", explica.

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De acordo com Claudio, o aumento da pressão inflacionária gera basicamente dois movimentos que reduzem o potencial de crescimento das vendas. "O primeiro, e mais importante para o segmento de supermercados, é o comprometimento da renda real e obviamente seus reflexos sobre a capacidade de compra dos consumidores. O segundo, que é o aumento da taxa de juros, tem uma consequência direta na elevação do endividamento das famílias brasileiras e obviamente, mais uma vez, impacta no poder de consumo", avalia.

Em relação à reforma tributária, que deve ser regulamentada este ano, as redes de supermercados que lidam com diferentes tributos em operações interestaduais e serviços municipais se beneficiarão de regras mais unificadas, ou seja, menores custos de gestão.

O presidente do IBEVAR avisa que, de modo geral, o cenário para os supermercados é relativamente positivo, moderado e com oportunidades significativas, principalmente em segmentos como e-commerce, alimentação saudável, marcas próprias e produtos sustentáveis. "Essas são as tendências que vêm sendo sinalizadas pela evolução das tecnologias", diz.

Online com força extra

Para Ahmed El Khatib, professor e coordenador do Centro de Estudos em Finanças da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), outro movimento que deve ocorrer é a expansão das operações online. "Redes como Pão de Açúcar e Carrefour já investem em plataformas digitais robustas, oferecendo entrega rápida e retirada na loja, e outros supermercados devem seguir o mesmo caminho", opina.

Ele também acredita que a sustentabilidade deve seguir em alta no setor. "A demanda por produtos orgânicos e locais deve crescer. Supermercados que priorizarem a compra de produtos de agricultores locais poderão se destacar no mercado", diz. "Vale lembrar que a A geração Z é mais sensível a temas relacionados a sustentabilidade e empreendedorismo social. Assim, produtos sustentáveis, orgânicos, de origem com menor impacto ambiental e/ou ofertados por produtores locais estão na mira desses consumidores", reforça Paula Sauer, professora de Economia e coordenadora do Laboratório de Inteligência Financeira da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).

Outras apostas são a personalização e a experiência do cliente, sendo que iniciativas como promoções personalizadas baseadas em compras anteriores devem se tornar cada vez mais comuns.

Comentários(1)
Lilian Goncalves Guimarães
11 de janeiro de 2025 às 22:49

Uma boa matéria. Esclarecedora e com o aval da Paula Sauer, que sigo nas redes, passou mais credibilidade.

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