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Varejo
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Por Redação
23 de janeiro de 2025

Tendências tecnológicas e sustentáveis redefinem o varejo em 2025

Automação, inteligência artificial e sustentabilidade transformam a experiência do consumidor e desafiam o setor a equilibrar inovação com responsabilidade ambiental

Uma pesquisa recente da Central do Varejo revela que 47% dos varejistas já utilizam inteligência artificial, enquanto 53% estão atentos à sua adoção. Essa tecnologia, aliada a inovações como checkout automatizado e plataformas inteligentes, promete revolucionar a experiência de compra. Inovação, sustentabilidade e personalização estão no centro das atenções do varejo em 2025, trazendo experiências conectadas a tecnologia e responsabilidade social.

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De acordo com Ricardo Pastore, coordenador do Núcleo de Varejo da ESPM, equipamentos como antenas, sensores e câmeras estão tornando o monitoramento do comportamento do consumidor mais acessível e eficiente, melhorando a experiência do cliente dentro das lojas. “Soluções como carrinhos inteligentes e múltiplos pontos de pagamento quebrarão barreiras tradicionais, trazendo mais conveniência para os consumidores dentro dos pontos de venda”, diz.

Para Eduardo Córdova, CEO da market4u, rede de supermercados autônomos, uma das principais vantagens dessas inovações é que elas também ajudam na otimização de processos operacionais das lojas. “Nosso sistema identifica compras e gera alertas de reposição, garantindo que as prateleiras sejam sempre abastecidas. Essa rapidez é essencial para oferecer uma experiência autônoma e personalizada”, explica.

Sustentabilidade e eficiência operacional

À medida que cresce a demanda por práticas sustentáveis, o varejo enfrenta o desafio de equilibrar responsabilidade ambiental e eficiência. O professor Pastore enfatiza a importância de iniciativas que rastreiem a origem dos produtos e promovam a logística reversa. “Tecnologias que permitem ao consumidor conhecer a procedência dos itens são bem-vindas, mas os custos e a falta de prioridade em mercados de massa ainda são barreiras a superar”, avalia.

Córdova aponta para alternativas práticas para reduzir o impacto ambiental a partir de comunicação digital e uso de pontos de descarte em lojas. “No market4u, eliminamos transferências desnecessárias e reduzimos emissões de gases poluentes ao oferecer produtos próximos aos consumidores, otimizando o abastecimento”, destaca o CEO da rede varejista.

Segundo o coordenador do Núcleo de Varejo da ESPM, a coleta e o uso estratégico de dados têm potencial para transformar o varejo, permitindo não apenas promoções personalizadas, como também a otimização do mix de produtos. “O Retail Media será crucial para conscientizar supermercadistas a investir em análise de dados, permitindo melhor comercialização de espaços publicitários e canais digitais”, afirma Ricardo Pastore.

Omnicanalidade e personalização no centro das estratégias

De acordo com Córdova, nas lojas da rede market4u, a inteligência artificial já é utilizada para ajustar o mix de produtos e personalizar ofertas. “Com base no perfil de consumo, conseguimos enviar promoções específicas e criar uma experiência mais conectada às necessidades dos clientes. Estamos constantemente com nossos smartphones em mãos, então faz sentido oferecer autonomia para consultar preços, promoções e até finalizar compras pelo celular”, destaca.

A integração de experiências online e offline é outra tendência que deverá se consolidar nos próximos anos, segundo Pastore. “O conceito de comércio unificado está ampliando os pontos de contato com o cliente. O desafio é sair do campo operacional e avançar para estratégias omnicanal consistentes, alinhadas ao comportamento do consumidor”, completa o coordenador do Núcleo de Varejo da ESPM.

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