
Por Redação
14 de maio de 2025Palestra sobre LGPD alerta sobre exigências legais e ações de cibersegurança que varejista deve ter
Crescimento das transações e interações digitais traz novos desafios de segurança para o varejo e é preciso estar preparado
O segundo dia de Congresso começou com Marcio Cots, sócio da COTS Advogados e especializado em Inteligência artificial, IOT e Proteção de Dados debatendo sobre aspectos da Lei Geral de Proteção de Dados que afetam a rotina dos supermercados. Para o varejista, foi uma oportunidade de entender como cumprir exigências legais, minimizar riscos e ainda fortalecer a confiança do consumidor. “Ajudamos muitas empresas na manutenção dos programas de LGPD”, diz Cots.
O executivo fez um panorama desde quando a LGPD foi criada, no contexto para proteger a privacidade dos clientes e facilitar o uso eficiente de dados pelo varejo. Ela traz limites para a utilização dessas informações. “O varejo coleta muitos dados”, diz. Segundo a LGPD, o varejo deve coletar o mínimo necessário para o propósito definido previamente; e deve comunicar o porquê de pedir as informações. Por isso, deve ter programas de finalidades para cumprir a lei. Outro canal que coleta muitos dados pessoais do cliente é o ecommerce, setor mais visado nas fiscalizações. Uma dificuldade é encontrar o ponto de equilíbrio entre o jurídico e o marketing para mitigar os riscos.
Prevenindo Ameaças Digitais
Como lidar com as principais vulnerabilidades digitais e quais medidas proativas podem evitar prejuízos e preservar a credibilidade da marca? O crescimento das transações e interações digitais traz novos desafios de segurança para o varejo e é preciso estar preparado. Marcelo Toledo, que lidera a Estratégia de Varejo e Bens de Consumo e Desenvolvimento de Negócios para a Salesforce América Latina, outro painelista, compartilhou como proteger o ativo mais rico dos varejistas que são os dados de seus clientes. “O risco é sofrer ameaça hacker”, diz. Entre as ameaças, estão o sequestro de dados, vazamento de dados, infração da LGPD e exposição a fraudes, que pode gerar multas milionárias. Como se endereça os processos para que haja segurança: com governança, tecnologia, processos, capacitação e conscientização, além da integração dos sistemas. “Existe uma necessidade de treinar os profissionais na empresa da alta liderança até o atendimento que são corresponsáveis para antever problemas e ter respostas rápidas para sanar qualquer problema”, ressalta Toledo.
Segundo o executivo, como o varejo trabalha com uma média muito superior de dados que qualquer outro setor é necessário investir em um ambiente seguro para tratar dados sensíveis do negócio.
Desafios na Adoção de Novas Tecnologias
O varejo está passando por uma contínua e acentuada transformação e a grande questão que enfrentamos é como manter as operações do dia a dia funcionando perfeitamente ao mesmo tempo em que você abraça a inovação tecnológica. “Em um mercado de margens cada vez mais enxutas e consumidores exigentes, a transformação digital deixou de ser uma boa ideia para se tornar uma questão de sobrevivência”, pontua Carlos Leite, CTO da Letrus e moderador do painel.
“Tudo que elimina as "dores" dos clientes e traz resultado, são premissas para eleger tecnologias dentro do nosso negócio”, diz Edmilson Anacleto Pereira, diretor Supernosso.
“Conhecimento do negócio, com visão de inovação para sustentação. Além disso, precisamos entender as jornadas do varejo: do cliente, do dinheiro e do espaço físico “, complementou Rodrigo Bauer, CEO CD2, falando sobre as soluções tecnológicas, que não são das ferramentas mas da consciência dos profissionais.
“No nosso caso, temos todos os desafios de dentro da loja dos nossos clientes, de todo o ecossistema. Temos um time de campo para cada área, trabalhando a questão de cultura”, diz Richard Albanesi, CEO The Led, sobre a entrega e gestão dos projetos dos clientes para ter mais resultado no ponto de venda.