Por Redação
6 de dezembro de 2024Valor da cesta básica aumentou em 17 capitais em novembro
As maiores altas foram em Recife, Goiânia, Brasília e João Pessoa
O valor do conjunto dos alimentos básicos aumentou nas 17 capitais onde o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. Entre outubro e novembro de 2024, as maiores altas ocorreram em Recife (5,4%), Goiânia (4,6%), Brasília (4,3%) e João Pessoa (4,3%).
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São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 828,39), seguida por Florianópolis (R$ 799,62), Porto Alegre (R$ 780,71) e Rio de Janeiro (R$ 777,66). Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram verificados em Aracaju (R$ 533,26), Salvador (R$ 574,78) e Recife (R$ 578,16).
A comparação dos valores da cesta, entre novembro de 2023 e novembro de 2024, mostra que o custo dos alimentos básicos também aumentou em todas as cidades nesse período, com destaque para as variações de Campo Grande (14,4%), Goiânia (12,1%), Brasília (11,1%) e São Paulo (10,5%).
Itens
Pelo segundo mês consecutivo, o preço do quilo da carne bovina de primeira subiu em todas as cidades onde o DIEESE realiza a pesquisa. Entre outubro e novembro, as maiores altas ocorreram em Brasília (11,5%), Goiânia (10,3%), Campo Grande (10%) e Recife (10%). Em 12 meses também houve elevação em todos os municípios, com destaque para Campo Grande (23,4%), Fortaleza (22,4%), Brasília (21,7%) e Goiânia (21%).
Entre outubro e novembro, o valor do óleo de soja no varejo subiu em todas as capitais. As altas variaram entre 4,61%, em Florianópolis, e 18,97%, em Aracaju. Em 12 meses, foram registrados aumentos em todas as cidades, com destaque para as variações em Belo Horizonte (41,9%), Campo Grande (39,8%), Rio de Janeiro (36,8%), Goiânia (36,1%) e Aracaju (35,2%).
O preço do quilo do café em pó aumentou em 14 das 17 capitais entre outubro e novembro. As variações negativas ocorreram em Natal (-0,35%), Aracaju (-0,15%) e Rio de Janeiro (-0,14%). As altas oscilaram entre 0,35%, em Fortaleza, e 5,16%, em Belém. Em 12 meses, todas as cidades apresentaram taxas positivas, com destaque para Belo Horizonte (68,8%), Brasília (55,5%) e Campo Grande (52,2%).
O valor do quilo da batata subiu em nove das 10 capitais da região Centro-Sul, onde o tubérculo é pesquisado, com variações entre 0,56%, em Porto Alegre, e 17,2%, em Campo Grande. A redução foi registrada em Belo Horizonte (-3,3%). Em 12 meses, todas as cidades tiveram elevação de preço, com destaque para Campo Grande (66,4%), Brasília (56%), Rio de Janeiro (45,4%) e Curitiba (42,7%).
O preço do quilo do tomate subiu em 12 cidades, entre outubro e novembro. As altas variaram entre 0,40%, em Belém, e 26,9%, em Recife. As reduções mais importantes foram registradas em Florianópolis (-18,3%) e no Rio de Janeiro (-12,6%). Em 12 meses, o preço do fruto apresentou queda em todas as capitais, com taxas que oscilaram entre em Florianópolis (-37,5%) e Natal (-12,83%).
O valor médio da dúzia da banana, que representa a média do tipo prata e nanica, diminuiu em 16 cidades, devido ao calor, que maturou o fruto e elevou a oferta. Entre outubro e novembro, a alta ocorreu em Curitiba (3,1%). As diminuições mais importantes foram observadas em Campo Grande (-13,2%), Salvador (-9,6%) e Florianópolis (-8,2%). Em 12 meses, todas as cidades tiveram taxas positivas, com destaque para Salvador (25,5%), Aracaju (23,8%) e Porto Alegre (20,5%).
O feijão apresentou retração no preço do quilo em 12 capitais em novembro. O tipo preto, coletado nas capitais do Sul, em Vitória e no Rio de Janeiro, apresentou alta em Florianópolis (2,8%) e Porto Alegre (1,6%) e redução no Rio de Janeiro (-1,4%), em Vitória (-1,4%) e Curitiba (-1,1%). Em 12 meses, houve aumentos em todas as cidades. As maiores altas acumuladas foram observadas em Florianópolis (17,8%) e em Vitória (16%). De outubro para novembro, o tipo carioquinha, pesquisado no Norte, Nordeste, Centro-Oeste, em Belo Horizonte e São Paulo, apresentou aumento de preço em Belém (1,2%) e São Paulo (0,60%) e não variou em Aracaju. Nas demais capitais, o preço caiu, com destaque para Natal (-3,4%), Campo Grande (-3,3%) e Brasília (-3,0%). Em 12 meses, o valor do tipo carioquinha caiu em Salvador (-6,4%) e Natal (-1,5%). Nas demais cidades, apresentou alta, com taxas entre 2,3%, em Aracaju, e 14,9%, em Belém.
São Paulo
Em novembro de 2024, o custo da cesta básica na cidade de São Paulo foi o maior entre as 17 capitais pesquisadas pelo DIEESE e atingiu R$ 828,39, o que significou 2,8% a mais que em outubro. Na comparação com novembro de 2023, o valor subiu 10,5%. Nos 11 meses do ano, houve alta de 8,8%.
Entre outubro e novembro de 2024, sete dos 13 produtos que compõem a cesta básica registraram aumento nos valores médios: óleo de soja (8,9%), carne bovina de primeira (8,1%), batata (6,1%), café em pó (4,2%), açúcar refinado (2,7%), feijão carioquinha (0,60%) e manteiga (0,43%). As diminuições ocorreram nos preços dos seguintes itens: tomate (-3,6%), banana (-1,0%), farinha de trigo (-0,96%), arroz agulhinha (-0,66%), pão francês (-0,37%) e leite integral UHT (-0,28%).
No acumulado dos últimos 12 meses, foram observadas elevações nos valores médios de 11 produtos da cesta: batata (36,3%), óleo de soja (30,6%), café em pó (24,9%), arroz agulhinha (21,5%), carne bovina de primeira (18,6%), banana (14,0%), leite integral (13,1%), feijão carioquinha (7,2%), manteiga (5,4%), pão francês (4,2%) e açúcar refinado (1,5%). Somente o tomate (-21,3%) e a farinha de trigo (-2,2%) apresentaram retração nos preços.