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Economia
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Por Redação
14 de outubro de 2024

Produtos de mercearia básica apresentaram crescimento de 14,5% nos preços em setembro

Esse resultado é devido as pressões climáticas que impactaram o arroz e café

Dados da Scanntech, empresa de inteligência para o varejo, revelam que produtos de mercearia básica registraram aumento expressivo de 14,5% nos preços em setembro deste ano comparado a 2023. Com isso, a cesta registrou uma queda de 9,5% nas vendas em unidades. Esse aumento nos preços é resultado de pressões climáticas, que impactaram itens essenciais como arroz e café.

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O mês de setembro registrou um recuo de -5,1% em unidades e -5,7% em faturamento em comparação a agosto deste ano. Estes números fazem do período o segundo pior de 2024, ficando atrás apenas de abril, que sofreu com o efeito calendário da Páscoa. Os efeitos de calendário, como por exemplo ter um sábado a menos no período, dia de maior importância de vendas, impactaram diretamente no cenário. Setembro entregou baixas vendas, com queda de 2,1% atribuída a consumo.

Mesmo com aumento de 5,3% no preço médio em setembro de 2024 em comparação ao mesmo mês de 2023, que ajudou a atenuar uma queda no faturamento, a retração foi sentida em diferentes cestas de produtos, regiões e canais de vendas, com mercearia básica sendo a mais afetada. Alguns setores, como pet e tabaco, conseguiram crescer em unidades vendidas, como perecíveis industrializados, bebidas e bazar.

"O aumento expressivo nos preços de produtos essenciais, somado a um consumo retraído, coloca o varejo alimentar em um cenário desafiador no mês de setembro. A alta nos preços impactando o consumo resultou em um desempenho mais fraco do faturamento em relação ao mês imediatamente anterior", comenta Priscila Ariani, diretora de Marketing da Scanntech.

Entre as regiões do país, o Centro-Oeste registrou a menor queda em unidades vendidas, com redução de 1,9% (mas aumento de 2,3% em faturamento), enquanto o Sul apresentou a maior retração em unidades, atingindo -4,7% (+0,4% em faturamento). O Nordeste foi a única região a apresentar retração tanto em unidades (-4,6%) quanto em faturamento (-0,7%), o aumento de preços não foi suficiente para conter a queda no faturamento.

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