Por Redação
23 de maio de 2024Setor atacadista distribuidor fechou 2023 com faturamento de R$ 403,9 bilhões
O resultado representa crescimento nominal de 10,9% em comparação ao ano anterior
O atacadista distribuidor brasileiro fechou 2023 com faturamento de R$ 403,9 bilhões, a preço de varejo, o que representa crescimento nominal de 10,9% e real de 6,28% com relação ao ano anterior, sendo descontada a inflação oficial pelo IPCA de 4,62%. Os dados são do Ranking ABAD NielsenIQ 2024 - Ano base 2023, estudo realizado pela ABAD (Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores) em parceria com a consultoria NielsenIQ.
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Outro ponto importante, segundo o estudo, é que esse faturamento representa aproximadamente 52,5% do mercado geral de consumo (que cresceu 9,7% e chegou a um total estimado em R$ 769 bilhões de acordo com avaliação da NielsenIQ), melhor marca desde 2019, cenário pré-pandemia quando o percentual atingiu 53%.
Todos os modelos de operação apresentaram desempenho positivo. Com crescimento de dois dígitos (10,8%), o "distribuidor com entrega", que representa 45,6% do faturamento reportado na pesquisa, ganha destaque. Na sequência observa-se tanto o "atacado generalista com entrega" quanto o "atacado generalista de autosserviço", cujas representatividades estão respectivamente em 35,6% e 13,1%, com crescimento de 7,7%. Importante ressaltar que esses dados excluem o maior player, que é o Atacadão, para ser possível mensurar melhor o segmento.
"O ano de 2023 foi uma caminhada desafiadora que vencemos com resiliência e atitude. Conseguimos atingir nossa expectativa de crescimento, o que nos leva a perspectivas positivas para 2024, mesmo sabendo que novos desafios virão", comenta Leonardo Miguel Severini, presidente da ABAD.
A expectativa positiva também é refletida no estudo. Mais da metade das empresas respondentes esperam crescer em número de colaboradores, em volume, na base de clientes e no número de fornecedores durante 2024.
Canal Indireto
O Ranking ABAD NielsenIQ 2024 - Ano base 2023 aponta, a representatividade do canal indireto nos segmentos pesquisados do varejo e declara que ele responde por 40% do abastecimento dos grandes supermercados, 45% no ramo de farmacosméticos, 68% em supermercados pequenos, 85% dos bares e dos hotéis, restaurantes e cafeterias, e 95% do comércio tradicional de atendimento em balcão.
Nota-se, então, que quanto menor o estabelecimento, maior a importância do canal indireto para os negócios.
Representatividade do Ranking
O Ranking ABAD NielsenIQ analisa anualmente os resultados e a atuação dos agentes de distribuição de todo o país, com informações relevantes para orientar planos estratégicos e investimentos do canal indireto. Neste ano de 2024, o estudo conquistou aumento de 650 para 740 no número de respondentes, o que fortalece a representatividade numérica do atacado distribuidor, que chega a 55,2% de participação dentro do rol de produtos vendidos pelo varejo ao consumidor.
"A Associação está tendo uma presença mais capilar, ganhando corpo na essência da distribuição, tanto que chegamos a 740 participantes e crescimento no mercado de consumo", comenta Severini.
A maior parte das respondentes (40,3%) se declaram como "distribuidor com entrega", modelo que indica acordo de exclusividade com a indústria. Em paralelo, 30,6% identificam seus negócios como "atacado generalista com entrega"; 17,2% como "atacado de balcão"; 7,2% como "atacado generalista de autosserviço"; e 4,7% como "agente de serviços".
Números por estado e relação das 10 maiores empresas do setor em cada estado e em cada região
O Atacadão, do grupo Carrefour, com faturamento de R$ 79,1 bilhões permanece no topo da lista dos maiores do país, tanto no ranking do modelo Atacado de Autosserviço quanto no ranking nacional geral, que abrange todos os modelos de atuação.
O segundo lugar no ranking paulista também permanece inalterado, ocupado pela Servimed (R$ 3,46 bilhões). A empresa está em quarta colocação entre os TOP 10 da região Sudeste ainda figura em quarta posição entre os TOP 10 nacional da modalidade Atacado com Entrega.
De acordo com a pesquisa, o setor na região Sudeste como um todo responde por faturamento de R$ 128,18 bilhões dos R$ 258 bilhões apurados pelos respondentes do Ranking (ou 49,68% desse total), com crescimento de 10,75% em relação a 2022. Desse total, São Paulo contribuiu com R$ 86,66 bilhões, um crescimento de 6% sobre 2022.
São da região Sudeste 125 das 740 empresas respondentes da pesquisa, uma participação percentual de 16,89%. São Paulo contribuiu com 12 empresas participantes.
Confira, abaixo, as maiores do setor na região e no estado:
*A empresa Guibon Foods aparece nesta classificação pois seu faturamento predominante é da Região Sudeste, conforme informado à pesquisa.