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Economia
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Por Redação
29 de agosto de 2024

Supermercados paulistas registraram deflação de -0,75% nos preços em julho

As categorias que apresentaram queda foram produtos in natura, produtos de limpeza, semielaborados, bebidas alcoólicas e produtos de higiene pessoal e beleza

O Índice de Preços dos Supermercados (IPS), calculado pela Associação Paulista de Supermercados (APAS) em parceria com a Fipe, registrou deflação de -0,75% em julho, em contraste com o aumento de 0,80% no mês anterior. A queda no índice de preços foi motivada pela redução nos preços das categorias de produtos in natura que deflacionaram -9,32%, devido à redução de -25% nos preços dos legumes, produtos de limpeza (-0,55%), semielaborados (-0,11%), bebidas alcoólicas (-0,10%) e produtos de higiene pessoal e beleza (-0,07%). Por outro lado, as categorias de produtos industrializados e bebidas não alcoólicas inflacionaram 0,59% e 0,40% no mês, respectivamente, e impediram que o indicador apresentasse redução ainda maior no período. Com o resultado de julho, o IPS acumula alta de 2,45% no ano, enquanto em doze meses, o índice registra um aumento de 2,88%.

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No cenário internacional, os mercados financeiros globais estão sendo impactados por uma série de fatores. Dentre eles, a possibilidade de recessão nos EUA no início de 2025, combinada com críticas do mercado financeiro estadunidense ao Federal Reserve sobre seu atraso na resposta à inflação. Adicionalmente, a intensificação dos conflitos no Oriente Médio, especialmente entre Israel, Irã e Líbano, amplia a preocupação sobre a cotação do petróleo no mercado internacional. Essas tensões internacionais também estão afetando os mercados asiáticos e europeus.

In natura

A categoria de produtos in natura registrou expressiva deflação de -9,32%, a queda foi impulsionada pela redução nos preços de legumes (-25,97%), tubérculos (-6,84%), verduras (-5,31%) e ovos (-2,36%). Em contraste com o mês anterior, quando algumas subcategorias, como tubérculos e legumes, haviam apresentado alta, essa desaceleração impactou o acumulado anual da categoria, que agora se encontra em 3,29%. Dentro da subcategoria das frutas, as reduções mais significativas foram observadas no mamão (-31,11%), melão (-29,44%) e maracujá (-15,16%). No entanto, as frutas de época tiveram um aumento de preços de +3,26%.

Semielaborados

Em julho, a categoria de produtos semielaborados registrou deflação de -0,11%, em contraste com a alta de 1,55% observada no mês anterior. Essa queda contribuiu com a desaceleração do acumulado no ano para 5,83%. A redução nos preços em julho foi impulsionada pelo declínio da carne bovina, dos pescados e do leite, cujos preços caíram, -0,39%, -1,09% e -0,24%, respectivamente. Em contrapartida, os preços dos suínos e das aves aumentaram no mês, com variações de 3,07% e 1,43%, respectivamente, o aumento dos preços da carne suína é atribuído ao desempenho das exportações brasileiras no período.

Cereais

A categoria de cereais registrou deflação de -0,95%, o que contribuiu para desacelerar a inflação que vinha ocorrendo nessa categoria, principalmente devido aos sucessivos aumentos no preço do arroz. Em julho, o arroz apresentou uma queda de -0,37%, em função da melhoria dos efeitos da tragédia no Rio Grande do Sul. Por outro lado, o milho teve uma inflação de 2,73%, embora já tivesse mostrado diminuição nos preços nos meses anteriores. O feijão continuou a registrar deflação (-2,53%), motivado pela redução no preço mínimo do grão.

Industrializados

A categoria de produtos industrializados continuou a registrar alta (+0,59%), embora em menor grau comparado ao mês anterior, quando o aumento foi de 1,06%, esse aumento se deve principalmente à elevação nos preços das derivadas de leite (0,59%), que acumula uma inflação de 1,47% no ano devido ao maior preço do leite. Embora a categoria de produtos industrializados tenha registrado as maiores altas, os derivados da carne deflacionaram -0,74% no mês, influenciado pela queda nos preços das proteínas de carne. Com o resultado do último mês, a categoria acumula uma alta de 1,61% no ano e 1,19% nos últimos doze meses.

Bebidas

Na categoria de bebidas, as bebidas alcoólicas apresentaram redução moderada de preços (-0,10%), influenciada pela queda de -0,44% no preço da cerveja. No entanto, outras bebidas, como vinho e champanhe, tiveram aumentos nos preços de 1,44% e 1,15%, respectivamente. Com esses ajustes, a categoria acumula uma inflação de 1,47% no ano. Por outro lado, no segmento de bebidas não alcoólicas, foi registrada alta de 0,40%, impulsionada pela inflação de 1,40% na água mineral. Apesar desse aumento, a maioria dos itens dessa categoria experimentou deflação.

Artigos de limpeza

A categoria de artigos de limpeza apresentou deflação de -0,55% no período analisado, influenciada pela redução nos preços de desodorantes (-2,86%) e cera (-1,19%). Vale pontuar que, apenas seis produtos apresentaram alta de preços no mês, sendo que apenas alvejantes e lustra móveis computaram aumento acima de um ponto percentual, com variação de 1,10% e 2,69%, respectivamente. No acumulado do ano, a categoria segue a mesma tendência, com redução de 1,56% nos preços.

Produtos de higiene pessoal e beleza

A categoria de produtos de higiene pessoal e beleza registrou deflação moderada de -0,1% no último mês. Os itens que apresentaram as maiores quedas foram: lenço umedecido (-2,72%), loção para pele (-2,39%), cotonetes (-2,21%), guardanapo de papel (-1,74%); e sabonetes (-1,32%). Por outro lado, creme de beleza (1,73%), enxaguante bucal (0,95%) e produtos para cabelo impediram que o indicador apresentasse queda ainda maior no período. No acumulado do ano, a categoria de produtos de higiene pessoal e beleza apresenta deflação de -3,31%, já nos últimos 12 meses, a categoria acumula queda de -8,41%.

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