Newsletter
Receba novidades, direto no seu email.
Assinar
Entrevista
...
Por Redação
13 de maio de 2022

Supermercado online continua sendo impulsionado pela digitalização do varejo

Saulo Brazil, country manager do Merqueo, fala sobre as expectativas para o futuro desse formato

Desde o início da pandemia da Covid-19, há mais de dois anos, o varejo brasileiro tem acelerado seus investimentos no formato online, principalmente para se adaptar ao ?novo normal?. De acordo com estudos desenvolvidos pela SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo), em parceria com OasisLab Innovation Space, ecossistema de inovação especializado em varejo, 87% das empresas afirmam ter ações de transformação digital de seus negócios, sendo que em 44% delas, o investimento já supera 1% do faturamento bruto (na edição 2021 do estudo, 41% estavam nesse patamar). Já o levantamento realizado pela Linx, empresa de tecnologia para o varejo, a partir de informações da solução Mercadapp, plataforma de vendas online, mostrou crescimento de 39,64% no número de pedidos, nos supermercados onlines, em relação a 2020. Houve aumento de 33,99% na receita das vendas no mesmo período. Mesmo após a vacina, o consumidor tem preferido cada vez mais realizar as compras de supermercado por meio de aplicativos e sites e, visando esse modelo de negócio, o Merqueo, aplicativo de supermercado 100% online, ganhou espaço expressivo no mercado.

O Merqueo começou sua história em 2016, na Colômbia, logo após iniciou suas operações no México, em 2020. No Brasil, o mercado online chegou no segundo semestre de 2021 e já conta com cerca de 300 funcionários trabalhando no armazém localizado em São Paulo (SP). O executivo Saulo Brazil, country manager da companhia, contou com exclusividade à SuperVarejo sobre os processos e expectativas para o futuro do Merqueo.

Como funciona os processos do Merqueo, do abastecimento até a entrega ao cliente?

Atualmente, nós compramos praticamente a totalidade dos itens, do Merqueo, diretamente com a indústria. Nós armazenamos em torno de sete mil itens. Além disso, temos toda a tecnologia de operação, controle de estoque, visão de compra e reposição direto com a indústria. Do lado do consumidor, ele tem nosso aplicativo para facilitar essa compra e essa experiência final. Controlamos 100% da nossa operação, não tem nada terceirizado.

Mesmo após a pandemia da Covid-19, o modelo de supermercado online continuará crescendo?

Eu acho que a pandemia ajudou as pessoas a experimentarem, mesmo que forçadamente, a digitalização do supermercado. De 2019 para cá, o Brasil começou a ver um modelo que nós chamamos de marketplace, que é um aplicativo que vai até a loja física e compra, ali, para entregar na casa do cliente. O que fazemos é a desintermediação desse processo, é um supermercado 100% online. Eu sou um supermercado, eu compro direto da indústria, então eu tiro esses intermediários e melhoro muito a experiência do cliente. O supermercado online é a próxima fronteira do e-commerce, ou seja, qualquer pessoa ou empresa nesse segmento, que esteja a mais tempo ou menos tempo, ainda está começando. E, assim como aconteceu em outras indústrias, eu acho que vai vencer quem conseguir entregar o melhor serviço ao cliente. Quem conseguir passar confiança no processo inteiro, entregar, juntar uma operação eficiente, preço justo e um serviço diferenciado vai vencer.

Como está acontecendo a expansão do Merqueo?

Atualmente, no Brasil já temos quase 300 funcionários, até o final de 2022 queremos crescer 10 vezes o nosso tamanho atual. Esse ano dobramos a capacidade do nosso primeiro armazém do país, em São Paulo (SP), muito em breve abriremos nosso segundo de São Paulo e depois vamos para Curitiba (PR). Na esteira temos outras cidades, como Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS). Hoje entregamos para 90% da capital e 10% da região metropolitana. A vantagem é que como não temos loja física, o nosso custo de estoque é mais baixo, então é uma operação super otimizada e ao mesmo tempo entrega uma experiência legal para o cliente.

Qual a expectativa de vendas ainda para 2022?

Nós crescemos dois dígitos a cada mês, até o final do ano nosso plano é multiplicar por 10 as vendas. Se o cliente tem os produtos que ele precisa com o preço que ele paga em um hipermercado, com entrega na casa dele em um horário programado, a adesão e a recompra é muito grande. Então, nosso principal desafio é como a gente posiciona a marca para que cada vez mais pessoas experimentem essa experiência. O que a gente quer é ser o supermercado das pessoas e que elas comprem de 80% a 90% da sua cesta mensal com a gente.

Deixe seu comentário