Por Redação
25 de abril de 2024Menos carne na mesa por opção
Cuidado com a saúde e com o meio ambiente têm feito muita gente reduzir o consumo de carne no Brasil
Quem procura seguir uma dieta predominantemente vegetariana, mas que eventualmente consome carne é chamado de flexitariano. Esse perfil flexível à alimentação permite que o consumidor desfrute dos benefícios de uma dieta baseada em vegetais, enquanto ainda se permite consumir carnes de forma moderada. Ou seja, são pessoas que ainda comem carne, mas procuram ter como opção prioritária outras fontes de proteína, valorizando outras origens que não a animal.
Os motivos para este formato de dieta variam. Muitos optam por razões éticas, buscando reduzir o consumo de carne e o impacto ambiental da produção animal. Tem aqueles que buscam uma melhor saúde, contando com os benefícios de uma dieta rica em frutas, legumes e grãos integrais. Há também quem aprecie a variedade e o sabor de uma dieta que inclui carne, mas em porções reduzidas.
Taissa Muller, nutricionista do Lach, Laboratório e Clínica, explica que a redução do consumo de proteína animal, além do menor impacto ambiental, vem sendo utilizada não só pelo estilo de vida, mas também pela prevenção e tratamento de algumas doenças associadas ao rim e à digestão. Por isso, muita gente tem apostado em leguminosas como feijão, ervilha, lentilha e grão de bico.
"Esse perfil de consumidor tem se mantido, mas ainda tem margem de crescimento. A dieta flex busca equilíbrio, e vem ganhando popularidade entre os jovens nos EUA, é uma transição menos radical com menos impacto para o organismo do que quando se retira qualquer macronutriente radicalmente" conta Taissa.
A pesquisa "Consumo de carne bovina no Brasil atinge menor nível em 18 anos", realizada pela Consultoria Agro do Banco Itaú BBA, revelou que o consumo per capita de carne bovina no Brasil atingiu 25,9 kg em 2022, o menor nível desde o início da série histórica, em 1996. O aumento do preço é um dos fatores para este cenário, mas não só. O levantamento reforçou que a preocupação com a saúde e o impacto ambiental também fazem parte dos argumentos de muita gente que tirou a proteína animal do cardápio.
Outro dado que reforça essa tendência é a pesquisa da Kantar em que o consumo per capita de carne bovina, suína, de frango e de peixe caiu 67% entre os brasileiros em 2022, em relação ao ano anterior. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) também aponta para uma queda no consumo de carne bovina no Brasil, de 30,3 kg em 2018 para 26 kg em 2021.
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Não existe base científica séria que liga carne a problemas de saúde e ameaça ao meio ambiente. O consumo de carne diminui devido à inflação e à propaganda de governo e grandes corporações que têm interesse em diminuir o consumo da proteína, não por saúde ou meio ambiente, mas por lucro e agendas eugenistas. Se acha teoria da conspiração, leia os estudos sobre o tema. Mas leia os estudos, não o que falam sobre os estudos. Veja por você mesmo. #OptOut e compre BTC. Proteja sua família.