Por Redação
2 de agosto de 2024Revolução na compra presencial
As lojas autônomas ainda geram desconfiança, mas a tecnologia é a maior aliada nesse formato de compra que alia comodidade e segurança
As lojas autônomas de supermercados representam uma revolução no setor varejista, impulsionada pela crescente adoção de tecnologias como inteligência artificial, visão computacional e internet das coisas. Nesses estabelecimentos, os clientes podem realizar suas compras de forma rápida e conveniente, sem a necessidade de interagir com caixas ou atendentes. Essa nova forma de fazer compras oferece diversas vantagens, como maior agilidade, personalização da experiência do cliente e redução de filas.
Outra vantagem é que as lojas autônomas podem operar 24 horas por dia, sete dias por semana, proporcionando maior comodidade aos consumidores. No entanto, a implementação dessa tecnologia ainda enfrenta alguns desafios, como a necessidade de investimentos em infraestrutura e a garantia da segurança dos dados dos clientes.
Fábio Donadon, head de TI do Grupo Muffato, diz que é provável que este tipo de operação ganhe ainda mais espaço. “Por enquanto, é uma tendência para determinadas localidades, produtos e contextos. Existem questões culturais e econômicas que estamos levando em conta. A Muffato Go (Mgo) tem funcionado muito bem para quem mora e trabalha perto da loja, pois atende às necessidades de conveniência de uma forma prática e rápida”, explica.
No caso da Muffato Go, que é uma loja 100% autônoma, é utilizada uma tecnologia com base em fusão de sensores, deep learning (aprendizado profundo de máquinas) e visão computacional. A Mgo funciona dentro do conceito just go ou frictionfree, em que o cliente entra, pega o que quer e sai, sem precisar passar pelo caixa. Qualquer cliente com app instalado pode cadastrar um cartão de crédito e participar dessa experiência de compras.
Donadon explica que a operação começa com o cadastro do cartão de crédito em que a compra será debitada. “Ao chegar à loja, basta abrir o aplicativo, passar o QR code no leitor da catraca e escolher os produtos que quiser levar. Várias pessoas podem entrar juntas, utilizando apenas um celular. O sistema de visão computacional identifica a presença do grupo e registra os produtos retirados da prateleira por todos, direcionando a conta para o cartão cadastrado”, orienta. O celular serve apenas para dar acesso à loja, então, tudo segue funcionando mesmo se a bateria acabar.
Após alguns meses de funcionamento, a rede optou também por oferecer ao cliente a opção do pagamento via pix e cartões de débitos e alimentação, em um terminal de pagamentos no interior da loja. “São adaptações possíveis e que vão se moldando às necessidades das pessoas, conforme a experiência avança. O cliente pega os itens, vai até o terminal, efetua o pagamento sem precisar registrar ou ler nada de códigos de barras, tudo identificado pela visão computacional da loja”, comenta o head de TI.
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