
Por Redação
26 de maio de 2025Cesta básica em São Paulo segue como a mais cara do país
As cidades com maiores elevações de preço foram Fortaleza (2,2%), Salvador (2%) e São Paulo (1,4%)
A capital paulista alcançou, pelo segundo mês seguido, o topo do ranking de cesta básica mais cara do país, chegando a custar R$991,80. Além disso, em seis das oito capitais analisadas pela pesquisa da plataforma Cesta de Consumo Neogrid & FGV IBRE, o valor médio da cesta cresceu em relação ao mês anterior, com Brasília registrando a maior variação de preço dos últimos seis meses, 7,42%, e Curitiba apresentando maior alívio no orçamento das famílias.
As cidades que registraram elevações de preço foram Fortaleza, Salvador e São Paulo, com variação de 2,2%, 2% e 1,4%, respectivamente. Curitiba foi a capital com o menor custo de aquisição da cesta básica, o que reforça a tendência de estabilidade da região observada desde janeiro.
Dos 18 gêneros alimentícios que compõem a cesta básica, o café em pó registrou aumento de preço no último mês em todas as oito capitais analisadas pela pesquisa, como São Paulo (27%), Fortaleza (25%) e Curitiba (23%), que registraram os maiores incrementos nos preços. O produto voltou a crescer em preços em abril, influenciado por fatores climáticos que afetaram a safra, pela valorização do dólar, e pelo aumento da demanda internacional. Outro produto que chamou atenção foi o frango, cujo encarecimento reflete uma combinação de demanda aquecida no mercado interno, o fato de ser consumido como alternativa às proteínas bovinas, os altos custos de produção e o crescimento no volume exportado.
Entre as categorias de produtos que registraram queda de preço, destaca-se o arroz, com redução de dois dígitos observada em todas as oito capitais abrangidas pela pesquisa, como em Belo Horizonte (-13%), Rio de Janeiro (-10%), Curitiba (-10%) e Manaus (-10%). Quanto à farinha de mandioca, na comparação entre abril e março, Manaus registrou retração de 3,8%, e no acumulado dos últimos seis meses, o produto na cidade apresentou queda de 21%. Situação semelhante foi observada em Salvador, com redução de 0,3% no último mês e de 10% no acumulado dos últimos seis meses em relação a novembro de 2024. Por fim, o preço do óleo teve retração em seis das oito capitais analisadas em abril de 2025.
Cesta ampliada
No que tange à cesta de consumo ampliada, que contempla os 18 produtos da cesta básica, somados aos itens de higiene e limpeza, houve queda no preço médio em quatro das oito capitais analisadas. As cidades que apresentaram preços de aquisição mais elevados foram São Paulo (R$2.163,48) e Rio de Janeiro (R$2.100,80). Em contrapartida, em abril, Manaus e Curitiba foram as capitais com os menores preços da cesta ampliada, sendo R$1.523,98 e R$1.628,89 respectivamente.
Dos 33 produtos que compõem a cesta ampliada, os que registraram as maiores variações nos preços médios foram a água mineral, o creme dental, a carne de hambúrguer, o sabonete e o xampu.
Em sentido oposto, registraram as maiores quedas de preço itens como chocolate, massas instantâneas, papel higiênico, refrigerantes e azeite de oliva. O azeite de oliva, que em 2024 alarmou os consumidores com sucessivos aumentos de preço, registrou em abril de 2025 retrações modestas na maioria das capitais pesquisadas. No entanto, as quedas foram mais expressivas no Rio de Janeiro e em Salvador, com recuos de 4,3% e 3,4%, respectivamente.