Como os programas de fidelidade estão transformando o varejo supermercadista?

No Brasil, o mercado de programas de fidelidade continua a crescer e evoluir. Segundo a pesquisa "Panorama do Varejo 2024", feita pela Nielsen, cerca de 70% dos brasileiros utilizam algum tipo de programa de fidelidade e a tendência é que esse número aumente com o avanço das tecnologias digitais. Em um cenário de transformação digital, as empresas buscam maneiras cada vez mais inovadoras para engajar os consumidores e agregar valor às suas ofertas. A Dotz vem se destacando por suas soluções integradas que beneficiam tanto os varejistas quanto os consumidores.

Rafael Rapp, diretor de varejo da Dotz, destaca os principais benefícios do programa para o supermercadista. “Nosso programa de fidelidade é projetado para gerar faturamento incremental para os varejistas. Focamos em dois pilares principais: crescimento e rentabilização da base de clientes e aumento do poder de compra dos consumidores”, explica.

O executivo observa que, na rede Peralta, por exemplo, onde o produto Dotz Parcela já está disponível, os consumidores que utilizaram o serviço aumentaram em 127% o valor médio mensal gasto na loja. “A segurança dos dados dos clientes e a adaptação dos sistemas de ponto de venda são questões cruciais. A aceitação do cliente e a integração com sistemas são desafios importantes. Convencer os consumidores a adotar novas formas de pagamento pode ser difícil”, diz o diretor.

Ele explica que, em um cenário onde o poder de compra do brasileiro caiu 5% nos últimos 10 anos, o Dotz Parcela se apresenta como uma solução eficaz para aumentar o poder de compra dos consumidores e trazer resultados consistentes para os varejistas.

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Aumento de gastos e potencial do cashback

Para Isis Koelle, professora da FIA Business School, a gamificação e a hiper personalização baseada em dados são as principais tendências. “Os programas de fidelidade estão se tornando mais interativos e adaptativos, usando dados para criar experiências mais personalizadas e engajantes. O cliente deve transitar entre diversos canais de forma fluida e prazerosa”, aponta Koelle.

Segundo a professora, o cashback ainda possui potencial de crescimento nos programas de fidelidade dos supermercados. “O programa trabalha com a recompensa mais imediata e acaba tendo uma boa aceitação pelo público. Contudo, a forma de execução desse tipo de programa deve ser repensada, pois as barreiras de resgate diminuem consideravelmente o engajamento do cliente”, alerta Isis Koelle.