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Varejo
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Por Dill Casella
13 de junho de 2024

Construa uma imagem na cabeça do consumidor

Confira a importância da experiência e do contato humano proativo nesse artigo de Dill Casella

Escrito por: Dill Casella

Ir ao supermercado é muito, muito mais que reabastecer os estoques domésticos.

Para muitas pessoas, o ambiente do supermercado é local de uma espécie de terapia de “autoamor”, de “presente pra mim mesmo ou alguém querido”, de aventura livre e acessível por corredores e gôndolas atraentes.

Dentro do supermercado refletimos sobre vitórias profissionais, felicidade cotidiana, amores e até reconstruções internas.

E claro, isso tudo ali mesmo pertinho, no bairro, na avenida ou naquele local reluzente, onde sempre passamos de carro e juramos darmos uma paradinha. Esses são apenas alguns dos cenários dessa experiência.

Experiência! Eis a palavra mágica que envolve feito flutuantes bolhas de sabão esse momento sublime.

Já notou que a maioria das pessoas reduz a velocidade ao andar pelos corredores dos supermercados, como se estivessem num mix de procurar lembrar uma lista na memória e o encanto por tantos insights e associações mentais?

Esse voo pelos corredores já é conhecido e o ambiente é cuidadosamente zelado pelos supermercadistas, com sutilezas que passam por iluminação, odores, disposição das mercadorias, piso e limpeza geral.

Claro que o mundo está cada vez mais automatizado e os supermercados avançando também no cenário 4.0. A adoção de tecnologias é realidade já percebida em muitos check-outs digitais, vendas online, pagamentos e inovações encantadoras.

Amo tudo isso, mas chamo sua atenção para a experiência da interface de pessoas dentro do Supermercado.

Recentemente eu estava na fila dos frios num supermercado e, na minha frente, uma senhora muito simpática aguardava sua vez. Eram 3 da tarde e eu estava na pausa criativa do trabalho, fazendo minha “mercadoterapia”.

Do outro lado do balcão, uma acolhedora funcionária, com sua toquinha nos cabelos e máscara no rosto, que não conseguia tampar seu sorriso contagiante atrás daquele tecido.

E foi a vez da senhorinha pedir:

- Olá! 300 gramas de queijo e 200 de presunto, por favor.

- Muito bem! – respondeu a atendente - Nessa hora do dia, esse queijo com presunto no meio de um pãozinho na chapa é irresistível mesmo, não é? E se a Juju estiver em casa, aí sim hein, Dona Ana!

Pronto! Eu não precisava ter ouvido aquilo, mas o que aconteceu foi inexplicável. A proximidade entre atendente e cliente fez a diferença, mas algo mais incrível aconteceu: pude construir a imagem no meu cérebro e até consegui sentir o cheiro do pãozinho quente, com queijo derretido caindo pelas laterais.

Ali tive um sentimento incontrolável. Assim são as experiências entre seres sociáveis como nós, humanos. E a grande responsável por isso foi a atendente acolhedora.

Sim, precisamos de tecnologia, precisamos de ambiente favorável e também precisamos de contato humano proativo, que nos tirem do automático e nos façam construir novas possibilidades em nossas mentes.

Dalí em diante eu só conseguia pensar: “Dona Ana, corre pra sua casa que agora é minha vez... minhas filhas merecem esse pãozinho de amor oferecido por esse anjo da venda sugestiva”...

Dill Casella é apaixonado pelo varejo. Possui formação em Desenvolvimento Gerencial, Empreendedorismo, PNL e dezenas de outros cursos nas áreas de Treinamento e Relações Humanas. Foi por 15 anos executivo de grandes corporações e, nos últimos 20, empreende à frente de sua organização (Despertare Treinamentos Empresariais) com mais de mil palestras e treinamentos customizados por todo território nacional, com 98% de aprovação. Dill Casella também é ator amador, compositor e escritor.

Comentários(7)
PAULO JORGE PANDJIARJIAN
20 de junho de 2024 às 11:14

Entre as prateleiras, o supermercado se desenrola como um cenário familiar. O carrinho, fiel companheiro, desliza suavemente pelo corredor, guiado por mãos que buscam mais do que meros produtos. Os olhos percorrem embalagens coloridas, letras miúdas e ofertas tentadoras. Mas, além das compras, há algo mais aqui: memórias. Aquele biscoito que a avó sempre comprava, o cheiro do pão fresco que nos transporta à infância, a risada compartilhada ao escolher o vinho para o jantar. O supermercado é um portal para o passado e um refúgio no presente. E, enquanto as luzes fluorescentes brilham sobre os corredores, nossos corações também se iluminam com a nostalgia e a esperança de novos momentos a serem vividos entre as prateleiras.

Responder
Nanci
20 de junho de 2024 às 10:59

Enquanto lia seu texto, Dill, fui recordando minhas vivências mais recentes. Na fila da peixaria, um senhor me ensinou a preparar truta e desde então, virei consumidora. Outro dia, uma senhora pediu ajuda para preparar de Yakisoba. A gente aprende e ensina. Exemplos de experiência. Parabéns!

Responder
Adriano Gonçalves
19 de junho de 2024 às 19:02

Hummmm.... tô indo agora buscar o queijo e um pão quentinho.... Delicia

Responder
Elizangela Balbi Alves
19 de junho de 2024 às 17:15

Caramba, esse horário me deu até vontade de comer esse pãozinho com queijo. Matéria excelente, que retrata experiências que todo cliente possa vivenciar em qualquer ramos de negócio.

Responder
Luis Luís Fernando
19 de junho de 2024 às 14:19

Excelente materia

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Paulo
19 de junho de 2024 às 13:37

Muito bom o texto!!!

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Silvania Silva
19 de junho de 2024 às 12:37

Excelente Matéria!

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