Temperaturas caem e consumo de vinho cresce

Quando as temperaturas baixam, principalmente no período do outono e inverno, o consumo de vinho cresce a demanda entre os brasileiros, sendo incentivado no varejo de forma geral, além do setor de food service, como bares e restaurantes. “Tanto que se fala muito no mercado a frase, que o frio é o maior promotor de vendas do vinho’ Justamente por causa das mudanças de temperatura, que favorecem a venda dos tintos especificamente, que são a maioria dos rótulos vendidos. Principalmente porque harmonizam com pratos mais encorpados, com aquela carne mais gordurosa, massas, queijos, etc. É uma questão cultural", fala Rodrigo Valerio, diretor de Marketing e Vendas da Cooperativa Vinícola Aurora.

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Segundo dados divulgados pela OIV (Organização Internacional da Vinha e do Vinho), o Brasil ficou em 15º lugar entre os países com maior consumo de vinho em 2024, tendo consumido no total 3,1 mhl (milhões de hectolitros), o que equivale a um consumo per capita de 1,9 l no ano. Muito distante dos 61,1 l de Portugal, dos 42,7 l da Itália e dos 41,5 l da França, os 3 primeiros colocados. Ou seja, há muito espaço para crescimento ainda.

Para os supermercados, esta época pode ser vista como momento de oportunidade. O varejo supermercadista é o maior cliente da Vinícola Aurora, canal responsável por mais de 90% das vendas, e por isso a empresa dá atenção especial a esse ponto de venda. “Como indústria, monitoramos a temperatura e, por exemplo, se no final de semana esfria, nós levamos promoção de vendas para o PDV, algo que tenha mais destaque para o produto. Fazemos aquela ilha na entrada de loja, com crossmerchandising, exibindo o vinho com massa, com queijos, e acaba funcionando muito bem”, conta o executivo. Para dar conta da demanda das vendas no varejo alimentar, a empresa disponibiliza cerca de 170 promotores no Brasil todo.

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O mix de produto varia de acordo com a loja, já que o público muda de acordo com a região e a bandeira. A Vinícola Aurora tem 220 skus divididos em 13 marcas. No Brasil, a preferência é pelos vinhos suaves, que representam 73,5% das vendas da empresa. “O Brasil é um dos principais países no consumo de açúcar. Os suaves são os que mais vendem aqui. É o produto que está acessível para o brasileiro, já que o vinho seco tem uma complexidade de ser degustado”, afirma.