
Por Redação
18 de julho de 2025Boas práticas para uma gestão eficiente dentro de associações
Confira o artigo exclusivo do Carlos Correa, diretor-geral da Associação Paulista de Supermercados (APAS)
As associações enfrentam, nos dias de hoje, o desafio constante de se manterem relevantes em um ambiente que muda rapidamente. Há uma necessidade cada vez maior de profissionalização, transparência e tomada de decisões baseadas em dados. Soma-se a isso a constante busca por equilíbrio entre a pluralidade dos associados – que possuem demandas particulares e distintas – sem perder o propósito coletivo da instituição.
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Esse é um exercício permanente de escuta, diálogo e alinhamento estratégico. A associação deve atuar como um catalisador, transformando as demandas individuais em pautas que contribuam para o bem comum.
É natural que existam divergências. No entanto, quando o propósito institucional é claro, legítimo e bem comunicado, os associados passam a compreender que decisões coletivas fortalecem a todos. Transparência nos processos decisórios e espaços de participação são importantes para construir esse equilíbrio.
Por isso, modelos de administração que combinam governança participativa com gestão profissionalizada são especialmente eficazes hoje. Eles equilibram dois pontos relevantes: a representatividade dos associados e a eficiência na execução das decisões.
Ao mesmo tempo em que garantem voz ativa aos associados nas definições estratégicas, esses formatos de atuação permitem que a gestão aja com foco em resultados, boas práticas e inovação. São abordagens que favorecem conselhos diversos, utilizando tecnologias para ampliar a transparência e a agilidade. O modelo híbrido fortalece a legitimidade institucional e a capacidade de entrega, pois oferece um caminho sustentável e alinhado aos desafios contemporâneos do setor associativo.
Nas gestões de associações, falta, muitas vezes, uma comunicação mais assertiva sobre o valor da entidade e seu impacto real na vida dos associados. Mostrar resultados concretos, escutar continuamente e adaptar os serviços às necessidades da base são pontos-chave.
Além disso, é importante abrir espaços para que os associados participem de maneira ativa, proponham ideias e vejam seus interesses representados. Programas de fidelização, capacitação e networking também ajudam a atrair e reter associados.
Na essência e no coração da entidade, o sentimento de pertencimento nasce da percepção de que a associação é, de fato, um instrumento transformador para o setor e para cada associado.