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Economia
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Por Redação
9 de outubro de 2024

Brasil é o quarto maior mercado de produtos de limpeza

O brasileiro gasta em média R$ 42,20 mensais nesses itens

De acordo com a ABIPLA – Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso Doméstico e de Uso Profissional, com base em um estudo da Euromonitor International, o Brasil é atualmente, o quarto maior mercado de produtos de limpeza do mundo, tem um consumo per capita de saneantes que equivale a 4% da média mundial. O brasileiro gasta, em média, US$ 7,55 (R$ 42,20) mensais, enquanto o restante investe US$ 186,33.

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“A informalidade no mercado de saneantes, apesar de ter caído nos últimos anos, é um dos motivos para essa diferença em relação aos outros países. Além disso, as misturas caseiras de produtos de limpeza, que são extremamente perigosas para os consumidores e para a saúde pública, acabam, em algumas situações, ocupando o espaço de produtos de limpeza”, analisa Paulo Engler, diretor-executivo da ABIPLA.

Engler, no entanto, destaca que a disparidade nos números, na comparação com outros países, também traz dados positivos. “O primeiro deles é a prova de que o produto de limpeza brasileiro é acessível à população. Estimamos que até 80% dos consumidores brasileiros consomem um mix básico de itens de limpeza, ou seja, apenas artigos essenciais para a limpeza doméstica e de pequenos negócios. Além disso, os fabricantes possuem diferentes linhas, projetadas para diferentes perfis de consumidores, o que permite um acesso quase universal ao mercado de saneantes. Outro ponto positivo é que, claramente, o mercado nacional tem um grande potencial para crescimento, no consumo per capita”, destaca.

Engler explica que esse potencial não é pelo aumento dos preços dos produtos de limpeza no país, mas pela chegada de itens cada vez mais sofisticados ao mercado nacional. “Um dos segmentos com maior potencial de crescimento – e que pode elevar o consumo per capita nacional – é o de saneantes que aliam praticidade, alta eficiência, tecnologia e características sustentáveis. São produtos que demandam muito investimento em pesquisa e que, naturalmente, podem elevar o tíquete médio de saneantes. A verdade é que há uma possibilidade de alta no consumo per capita sem necessariamente aumento nos preços de produtos de limpeza básicos”, afirma.

Segundo dados do INPC – Índice Nacional de Preços ao Consumidor, a inflação setorial está negativa, em 2,23% no período de janeiro a agosto de 2024. Já os 12 meses anteriores a agosto mostram uma deflação de 3,99%. “Isso é uma prova de que não é necessário aumento de preços para a elevação do tíquete médio, tanto que os fabricantes lançam, com frequência, produtos de alto valor agregado no mercado, têm boa aceitação, e, mesmo assim, o setor acumula deflação nos indicadores oficiais.”

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