
Por Redação
28 de março de 2025A revolução dos meios de pagamento chega aos supermercados
Do Pix à inteligência artificial, é importante oferecer opções diversificadas para o shopper
O varejo alimentar brasileiro tem se adaptado rapidamente às inovações tecnológicas, soluções que vêm transformando a experiência de compra, especialmente nos supermercados. Embora essas inovações sejam mais comuns em outros setores, como vestuário, os supermercados brasileiros estão começando a integrar soluções semelhantes, visando otimizar a experiência do consumidor e o processo de compra.
Além disso, o sistema de pagamentos instantâneos, o Pix, vem revolucionando o mercado financeiro, pois facilita transações rápidas e seguras. E nos supermercados, ele tem se mostrado uma ferramenta valiosa, permitindo que os clientes façam pagamentos de maneira mais ágil, especialmente em tempos de crescente digitalização e busca por praticidade no dia a dia.
Globalmente, países como Estados Unidos, China e Coreia do Sul estão na vanguarda da inovação no varejo alimentar. A Amazon Go, por exemplo, nos EUA, eliminou a necessidade de filas e caixas, utilizando a tecnologia “Just Walk Out” para permitir que os clientes simplesmente peguem os produtos e saiam.
Já a gigante chinesa Alibaba revolucionou o varejo com suas lojas Hema, que combinam a experiência de compra online e offline de forma impecável, oferecendo aos consumidores a possibilidade de comprar alimentos frescos e produtos do dia a dia tanto nas lojas físicas quanto pela internet. A Coreia do Sul se destaca pela adoção de tecnologias como pagamentos móveis e o uso crescente de lojas automatizadas, um conceito que também começa a ser testado por algumas redes de supermercados no Brasil.
Olhar personalizado
Outro movimento significativo no varejo alimentar é a hiperpersonalização. Com o uso de tecnologias avançadas, supermercados estão oferecendo experiências sob medida, desde a recomendação de produtos baseados nas preferências do consumidor até ofertas personalizadas de descontos. Isso melhora a experiência de compra e também aumenta a eficiência das operações, criando uma conexão mais próxima entre as marcas e os consumidores.
De acordo com Diogo Zatta, professor de marketing e negócios da FSG - Centro Universitário da Serra Gaúcha, MBA em inovação e empreendedorismo, existe futuro promissor, mas desafiador, em que o sucesso dependerá não só de investimentos em tecnologia, mas também de uma profunda transformação cultural nas empresas, com foco na capacitação de equipes e educação dos consumidores. “O varejo do futuro irá além das simples transações, tornando-se uma plataforma para experiências memoráveis e relacionamentos duradouros, onde a hiperpersonalização será a chave para o sucesso”, acredita.
A inteligência artificial deve desempenhar um papel essencial nesse cenário, com soluções que aprimoram a experiência de compra. Um exemplo recente de como a IA pode transformar o varejo é o assistente de compras da Amazon, Rufus, lançado em 2024. Equipado com IA generativa, Rufus oferece uma experiência de compra mais intuitiva e personalizada, respondendo a dúvidas sobre produtos, fazendo comparações e oferecendo sugestões. Embora atualmente esteja disponível em plataformas online, é possível que soluções semelhantes sejam adotadas por supermercados para proporcionar uma experiência mais fluida e personalizada tanto no ambiente digital quanto nas lojas físicas.