Como o setor supermercadista pode reduzir o desperdício de carne e incentivar o consumo consciente

O desperdício é um dos maiores desafios enfrentados pelo setor supermercadista. E na seção do açougue, esse gargalo não é diferente. Essas perdas geram impactos, não apenas financeiros, mas também pelos efeitos sociais e ambientais. A carne, sendo um produto perecível e de alto valor agregado, exige um planejamento preciso em toda a cadeia, desde a compra até o consumo. Segundo Victor Franco, CEO da Nutrisaude, empresa que oferece alimentação terceirizada, a chave para enfrentar esse desafio está no uso inteligente da tecnologia e na gestão estratégica dos estoques, considerando o perfil de consumo e a sazonalidade.

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Na Nutrisaude, o planejamento de compras é feito por meio de um ERP que calcula a necessidade exata de cada item utilizado, evitando excessos e garantindo frescor. “Esse nível de precisão nos permite atender a mais de 100 clientes, servindo 18 milhões de refeições ao ano, com 10 mil toneladas de alimentos processados, sem gerar desperdícios desnecessários”, afirma Franco. Além disso, a empresa prioriza a compra de pequenos produtores, o que agrega sustentabilidade e maior cuidado no manejo da produção.

Outro ponto de atenção levantado por Franco é o consumo final. Muitas vezes, o desperdício não acontece na armazenagem ou no preparo, mas no prato do consumidor, quando a quantidade servida é maior do que a necessária. Para reduzir esse impacto, é preciso investir em processos padronizados, treinamentos de equipes e inovações logísticas. Nos hospitais, por exemplo, a empresa utiliza carros motorizados inteligentes que preservam a qualidade das refeições e contribuem para uma redução de até 15% no desperdício.

Para os supermercados, o exemplo reforça a importância de aplicar práticas semelhantes: adotar controles tecnológicos para prever demanda, padronizar processos de manipulação e armazenamento e capacitar colaboradores. Esses passos reduzem perdas tanto na operação quanto no ponto de venda, permitindo melhor aproveitamento da carne e ampliando a margem de rentabilidade.

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Por fim, a conscientização do consumidor também deve ser trabalhada. Iniciativas como campanhas educativas, porcionamento adequado e incentivo à escolha responsável podem transformar a relação do público com o produto. “O planejamento correto é o pilar central para evitar perdas e promover um consumo mais equilibrado e sustentável”, resume Franco. Para o setor supermercadista, unir tecnologia, gestão eficiente e engajamento do cliente é o caminho mais seguro para reduzir desperdícios e fortalecer o consumo consciente.

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