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Por Redação
7 de fevereiro de 2025O crescimento do mercado de saudáveis e os desafios do varejo
Produtos com esta proposta são cada vez mais comum nas prateleiras dos supermercados, e o ideal é apoiar a venda no ponto de venda com informações que facilitem a decisão de compra
O mix dos supermercados está mudando. A crescente preocupação com a saúde e o bem-estar leva os consumidores a buscarem cada vez mais por alimentos que fazem parte da cesta de produtos saudáveis, entre eles os do tipo naturais e orgânicos. Frutas, legumes, carnes e laticínios produzidos sem agrotóxicos e por meio de métodos mais sustentáveis, já não são mais uma novidade, mas sim uma realidade que impacta diretamente o varejo de alimentos.
Em resposta a essa tendência, a indústria de alimentos entrou em uma corrida para inovar, desenvolvendo produtos com sabores que competem, e muitas vezes superam, os dos alimentos tradicionais consumidos pela população. Esse movimento gerou uma cadeia de reações, impulsionando novos negócios no setor de distribuição e comercialização de alimentos saudáveis.
Para Cleber Brandão, especialista no mercado de produtos naturais, o mercado está acelerado e não vai parar. “O que se falava em crescimento de 12,3% em 2019, segundo agências internacionais de monitoramento do consumo e mercado, como a Euromonitor, hoje estamos falando em projeções de crescimento na casa de 27% em 2025 e com movimentação bilionária no cenário nacional”, destaca.
De acordo com Brandão, o Brasil está entre os países que mais consomem produtos saudáveis e que gera oportunidades para quem quer empreender em todas as frequências da cadeia de produção e distribuição do mercado. “Ainda que tenhamos inúmeros estabelecimentos surgindo, como lojas de produtos naturais e seções especializadas nos supermercados, também temos um público consumidor aumentando e isso é uma grande oportunidade. Porém, os maiores riscos estão no despreparo de quem se arrisca sem conhecimento e informações necessárias para empreender no segmento”, alerta.
No caso dos supermercados, o que ocorre em alguns pontos de venda, e que, muitas vezes, apenas se implementa uma ilha de produtos ou uma gôndola com itens que se acredita que o consumidor irá buscar, sem qualquer apoio de informação. “Em supermercados tenho visto seções surgirem e sumirem em um tempo cada vez maior, e não é pela falta de público, mas sim pelo desconhecimento de como operacionalizar tudo isso”, analisa.