Newsletter
Receba novidades, direto no seu email.
Assinar
Mercado
...
Por Vitor Garcia
21 de outubro de 2022

Como estão os negócios de condomínios criados na pandemia

Empresas que atuam nos modelos de vending machine e honest market se reinventaram para garantir a escalabilidade

Apesar das crises serem uma multiplicadora de desafios no dia a dia dos empresários brasileiros, pesquisas indicam que o empreendedorismo teve um aquecimento durante a pandemia do Covid-19. De acordo com informações divulgadas pelo Mapa das Empresas, foram abertas uma média de 3,3 milhões de negócios em 2020, o que representa um aumento de 6% em relação a 2019. Por conta da necessidade de isolamento social nesse período, um dos segmentos impulsionados foi o de conveniência, mais especificamente em condomínios. 

LEIA TAMBÉM
Take anuncia expansão e amplia portfólio
market4u planeja alcançar 10 mil mercados autônomos em 2022

?Transformações sociais, como as que ocorreram nos últimos dois anos, formam novas necessidades e, consequentemente, oportunidades. Portanto, é fundamental estar atento às oportunidades que vão se formando no mercado. Na época da pandemia, a recomendação era ficar em casa. No entanto, tanto a vida pessoal como a profissional precisavam continuar. Neste ponto, os modelos de negócio que atuavam com vending machine e honest market viraram febre?, diz Gustavo Almeida, CEO da Take. 

Take é uma startup que nasceu em 2018 e utiliza inteligência artificial que identifica itens retirados de uma smart vending cooler, nome dado a uma geladeira que armazena bebidas alcoólicas ou não. Embora tenha surgido antes da pandemia, as operações começaram a acontecer efetivamente durante. ?A partir de um aporte inicial de R$ 100 mil, que cobriram as despesas da prototipagem e do lançamento, disponibilizamos, em maio de 2020, as cinco primeiras smart vending coolers, que disponibilizam cervejas geladas durante 24 horas, nos sete dias da semana e sem a necessidade de um vendedor para a intermediação da compra?, lembra o executivo. 

Smart vending cooler da Take (crédito/Divulgação)

Com sete meses de "vida" e 50 máquinas em operação, a startup chegou a faturar R$ 50 mil e, no primeiro trimestre de 2021, alcançou 15 estados brasileiros e 500 pontos de vendas. Mas, no empreendedorismo, nem tudo são flores e as buscas pela escalabilidade são frequentes. Desta maneira, a marca decidiu expandir a atuação para além dos muros de condomínios e passou a estar, também, em ambientes como universidades, academias, hotéis, estacionamentos e co-workings. Atualmente, a empresa tem presença nacional com mais de 2.500 pontos de vendas.  

?A nossa tecnologia de reconhecimento por imagem é aplicável a qualquer tipo de produto, o que nos permite chegar em diversos ambientes. Com a retomada das atividades, investimos nessas novas frentes, pois o processo é o mesmo, então ?treinamos? nossa tecnologia para que ela reconheça os produtos não alcoólicos. Por questões estratégicas, nosso foco está em Alimentos e Bebidas (AB) e, neste primeiro momento, focamos em parcerias com linhas de chás, refrigerantes, energéticos, além de águas, sucos e isotônicos?, explica Almeida.

Por sua vez, o market4u identificou uma oportunidade no honest market ao instalar minimercados autônomos, isto é, sem funcionários, dentro dos condomínios, com até 500 produtos em estoque, operado totalmente pelo celular e aberto 24 horas por dia, sete dias por semana, ininterruptamente. A rede inaugurou sua primeira unidade em fevereiro de 2020 em Curitiba e, atualmente, está presente em 20 estados com 240 franqueados e mais de 2.050 unidades. A expectativa agora é alcançar 1.000 franqueados e 10 mil lojas até 2023. 

Modelo de loja do market4u (crédito/Divulgação)

Com tecnologia própria desenvolvida especificamente para mercados autônomos, o market4u oferece algumas vantagens, como promoções segmentadas conforme o perfil de consumo, o que já sinaliza ao cliente quais produtos estão disponíveis no mercado sem que ele precise sair de casa.

Deixe seu comentário