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Por Thaissa Gentil
3 de setembro de 2024

Como anda a sua base de dados?

Os varejistas já entenderam que estruturar uma operação de retail media é uma excelente oportunidade para aumentar a margem. Mas por onde começar?

Para construir uma rede de retail media forte, preparada para o sucesso a longo prazo e para sua rápida evolução, a estratégia de dados do varejo deve ser a pedra fundamental. E nesse ponto os varejistas saem ganhando!

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No meu dia a dia tenho a possibilidade de acompanhar de perto o desenvolvimento de algumas operações de retail media e posso afirmar com convicção que o sucesso de uma operação de retail media depende, em grande parte, da qualidade e do uso estratégico dos dados que o varejista possui. Em um cenário onde a personalização e a relevância são cruciais para conquistar e reter clientes, os dados transacionais, que os varejistas têm em abundância, são verdadeiros 'pedaços de ouro'.

Enquanto muitas marcas e empresas possuem dados de comportamento, que mostram intenções e interesses dos consumidores, elas frequentemente não têm acesso a um elemento vital: o dado de consumo real. Esse dado revela o que foi efetivamente comprado, a frequência de compra, e os hábitos de consumo em nível granular. Isso coloca os varejistas em uma posição única e privilegiada.

Os dados transacionais não apenas permitem uma compreensão profunda e precisa do comportamento do consumidor, como também são a base para uma colaboração poderosa com anunciantes e publishers. Quando bem utilizados, esses dados possibilitam a criação de campanhas publicitárias altamente segmentadas e eficazes, que não só atraem os consumidores certos, mas também geram um retorno sobre o investimento (ROI) muito mais elevado.

A seguir, exploro as diferentes possibilidades que os dados primários do varejo oferecem e como eles podem ser o pilar de uma estratégia de retail media bem-sucedida:

  1. Dados de Identificação Pessoal (PII)
  2. Dados de CRM
  3. Programa de Fidelidade
  4. Transações em Loja Física
  5. Transações no E-commerce
  6. Navegação no E-commerce
  7. Dados de Cartão de Crédito do Varejo
  8. Dados Demográficos e Geográficos

Além das fontes tradicionais, o varejo pode capturar uma variedade de outras informações, como feedback de clientes, dados de redes sociais e interações anteriores com campanhas de marketing. Ao integrar essas diferentes fontes, o varejista pode construir uma visão ainda mais completa e detalhada do consumidor, permitindo a criação de campanhas de retail media que realmente se destacam.

Ao desenvolver uma base sólida de dados primários, o varejista não apenas se posiciona melhor no mercado de retail media, mas também cria uma fundação robusta para parcerias estratégicas com anunciantes e publishers. A qualidade e a profundidade desses dados permitem campanhas mais eficazes, que atendem às necessidades tanto dos consumidores quanto das marcas, garantindo um crescimento sustentável e uma vantagem competitiva duradoura.

A Importância do Consentimento e da Conformidade com a LGPD na Coleta de Dados

A privacidade do consumidor deve ser uma prioridade central em sua estratégia de dados. Por isso, é fundamental que a coleta de dados primários seja realizada de forma ética e transparente, com políticas de privacidade claras e alinhadas com as regulamentações mais recentes, como a LGPD.

Todo o processo de coleta deve ser transparente, garantindo que o consumidor tenha conhecimento de quais informações estão sendo coletadas e para quais finalidades serão utilizadas. Além disso, o consentimento explícito do consumidor é indispensável, assegurando que os dados sejam coletados e tratados de acordo com os princípios de finalidade, adequação, necessidade, livre acesso, qualidade dos dados, transparência, segurança, prevenção, não discriminação e responsabilização. Dessa forma, o varejista não só cumpre as exigências legais, mas também fortalece a confiança do consumidor, essencial para o sucesso de qualquer estratégia de retail media.

Mas como essa base de dados pode ser utilizada no retail media?

O coração da operação de retail media está na colaboração de dados entre varejistas, anunciantes, portais de notícias, TV conectada, etc. Uma das maneiras mais seguras para a colaboração dados, respeitando a privacidade e a segurança dos consumidores, é através de data cleam room.

Mas o que exatamente são data clean rooms? Simplificando, são ambientes seguros que permitem que empresas compartilhem e analisem dados de forma colaborativa, respeitando a privacidade e a segurança do consumidor.

Como funcionam, quais as vantagens, cases de sucesso... esses são tópicos para o artigo do próximo mês!

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