Por Vitor Garcia
1 de setembro de 2023Consumo nos Lares Brasileiros cresce 4,24% em julho
Cesta de itens de alto consumo registra menor preço desde fevereiro de 2022
O Consumo nos Lares Brasileiros registrou alta de 4,24% em julho na comparação com o mês anterior, de acordo com indicador da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS). Essa é a alta mais significativa do consumo no ano quando se retira o crescimento sazonal da Páscoa (7,29%).
Na comparação com julho de 2023, o crescimento é de 3,37%. No acumulado do ano a alta é de 2,52% ? patamar dentro das projeções do setor para 2023. Todos os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o levantamento contempla todos os formatos e canais operados pelos supermercados.
A deflação dos lácteos e de itens básicos contribuiu para a queda nos preços da cesta em todas as regiões. Em julho, a cesta Abrasmercado, ferramenta que acompanha as oscilações de preços e gastos familiares em lojas de supermercados, registrou queda de -1,51% na comparação com junho. Os preços, em média, recuaram de R$ 741,23 para R$ 730,06 ? menor preço registrado desde fevereiro de 2022 (R$ 719,06). O indicador mede a variação da cesta composta por 35 produtos de largo consumo: alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza.
A queda nos preços dos produtos lácteos, da proteína animal e a menor pressão das cestas de higiene e de limpeza contribuíram para o recuo dos preços em todas as regiões pesquisadas.
Em julho, as quedas na cesta de lácteos foram puxadas por leite longa vida (-1,86%), leite em pó (-0,48%), margarina cremosa (-0,13%), queijos mussarela e prato (-0,20%). As carnes seguiram a tendência de queda registrada no primeiro semestre: cortes do dianteiro (-2,47%), cortes do traseiro (-2,44%), frango congelado (-2,27%) e pernil (-1,44%). Pela primeira vez no ano, os ovos apresentaram estabilidade nos preços (0,01%).
Dentre os itens básicos, a única alta foi puxada por açúcar refinado (+1,58%). Já a queda mais expressiva foi registrada no preço do feijão (-9,24%), seguido de óleo de soja (-4,77%), café torrado e moído (-1,58%), farinha de mandioca (-1,54%). Na cesta de higiene e beleza, as principais quedas foram registradas em xampu (-0,69%), sabonete (- 0,11%), papel higiênico (-0,03%). Em limpeza, o sabão em pó registrou queda de -0,80% nos preços.
Na análise regional, a maior queda no indicador ocorreu na região Sudeste (-1,58%), seguidas de Sul (-1,13%), Nordeste (-1,13%), Norte (-1,05%), Centro-Oeste (-1%).