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Varejo
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Por Redação
13 de janeiro de 2025

2024 tem aumento de fusões e aquisições entre pequenos e médios varejistas

Redução de custos e burocracias estão entre vantagens da expansão por M&A

O mercado de fusão e aquisição (M&A, na sigla em inglês) esteve em alta durante 2024. De acordo com Leonardo Tonelo, advogado especializado em M&A e sócio da VarejoConnect, foi um ano bastante aquecido, com cerca de 50% mais negociações desse tipo do que no ano anterior. E, se antes essa estratégia de expansão era mais comum entre grandes empresas, nos últimos anos, os pequenos e médios varejistas também têm adotado esse método. “A gente percebe que o empresário do varejo viu que expandir por aquisição é mais viável do que por meio de novas lojas”, explica o especialista.

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Tonelo destaca que os pequenos e médios varejistas precisam estar atentos às oportunidades. “Mesmo aquele que não está pensando em expansão tem que estar atento ao movimento do mercado porque se ele não está, o concorrente está. Muitos pequenos e médios estão considerando a expansão por aquisição”, fala.

Entra as vantagens dessa estratégia apontadas por Tonelo está a redução dos custos, já que as lojas em funcionamento precisam de bem menos investimento em reforma para se adequarem do que o necessário na construção de uma nova unidade, por exemplo. Além disso, as licenças de funcionamento já estão em vigor e o ponto de equilíbrio é atingido mais rapidamente. “Enquanto uma loja nova leva de 18 a 24 meses para chegar ao breakeven point, na aquisição esse prazo é de 4 a 6 meses”, explica o advogado. “Outro fator a ser considerado é a falta de bons pontos comerciais disponíveis. Está cada vez mais difícil encontrar bons lugares para a abertura de loja e, na expansão por aquisição, a loja já está funcionando naquele ponto”, complementa.

A presença de pequenos e médios no mercado de M&A é também consequência da pulverização do mercado brasileiro. De acordo com Tonelo, a concentração do setor supermercadista no Brasil é bem diferente de outros países da América Latina. Enquanto aqui as 3 maiores empresas do setor concentram 22% do mercado, no Peru, o top 3 tem 100% do mercado; no México, 80%; e na Argentina, 51%.

Em relação ao ano anterior, o número de negociações de fusão e aquisição aumentou cerca de 50% no país, segundo o sócio da VarejoConnect. “Eu acredito que, no Brasil, em 2024, tivemos de 15 a 20 operações relevantes e, no estado de São Paulo, pelo menos 10”, opina. “Desde 2018, quando alguns grupos de investimento entraram no mercado, esse número já vem crescendo. No período de pandemia, teve uma estagnação, mas de 2022 para a frente vem aumentando bastante. Para 2025, esse volume deve aumentar ainda mais”, diz.

Comentários(1)
Marcos Roberto dos Santos
18 de janeiro de 2025 às 13:45

A tendência do mercado está seguindo para o que já sido comentado há alguns anos que só teria bandeira de AtacaRejo

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