IA identifica falhas e evita vendas perdidas em supermercados

Estoques virtuais, ruptura e desorganização nas gôndolas, erros de cadastro e produtos vencidos estão entre os principais desafios enfrentados pelo setor de supermercados. Em datas sazonais do varejo, em que as prateleiras são abastecidas com uma categoria determinada de produtos, aumentam as chances de erros impactarem nos resultados nos pontos de venda físicos e na experiência do consumidor. Porém, o acompanhamento diário da execução em supermercados por meio de softwares que usam inteligência artificial e reconhecimento de imagem está ajudando a diminuir o índice de vendas perdidas. 

Em 2022, durante a Páscoa, o Involves Doors, plataforma da retail tech Involves, identificou um aumento de 15,6% no número de problemas de execução em supermercados. Com os alertas emitidos pela plataforma e consequentemente a correção dos erros identificados, as lojas tiveram um acréscimo de 20,1% sobre o faturamento em vendas que seriam perdidas.  

De acordo com o sistema, o maior problema identificado foi com os estoques virtuais, que chegaram a duplicar no mês subsequente à Páscoa, representando até 8% do faturamento da categoria Doces em perdas. Observando apenas esta categoria, houve um aumento de 64,7% no sortimento, ou seja, produtos novos que são disponibilizados apenas neste período promocional, além de 76,8% em volume de vendas e 239,4% no faturamento. "Interessante ressaltar que não foi possível encontrar um aumento que pudesse ser atribuído diretamente ao período da Páscoa em outras categorias ou produtos específicos, reforçando a importância na atenção à execução que os varejistas precisam dar para a categoria de Doces e Bomboniere nesse período", explica Gabriel Menezes, Chief R&D Officer da Involves.

Em maio de 2022, quando as lojas começaram a ser arrumadas após o período de Páscoa sem o estoque excedente de chocolates, o aumento no número de problemas de execução identificados foi de 66,6%, isso representou uma potencial de vendas perdidas na ordem de 81,1% para os SKUs problemáticos, ou seja, receita que deixou de entrar para o varejista.